Nada de agressão ou falta para cartão vermelho. Para o zagueiro Cris, a sua expulsão no empate do Grêmio com o Fluminense na quarta-feira, na Arena, pelo Grupo 8 da Libertadores, foi injusta. Injusta ao ponto de lhe deixar "puto da vida" por ter prejudicado seus companheiros. Foi o que ele destacou após o treino desta quinta.
Cris, em um primeiro momento, reconheceu ter sido uma "jogada forte", o que lhe rendeu um cartão vermelho do árbitro Ricardo Marques Ribeiro (Fifa-MG). No entanto, ele garantiu não ter agredido Rafael Sobis, atacante do Fluminense.
- Hoje estou mais calmo, deu para analisar o lance. Realmente foi uma jogada forte, dura. De zagueiro. Onde os dois jogadores estavam disputando a bola. Era um contra-ataque. E ali foi nítido que fui pegar a bola. Em uma disputa com o jogador, aconteceu a falta, na minha opinião o juiz se equivocou em dar cartão vermelho. Não agredi ninguém, não machuquei ninguém - destacou o defensor, em entrevista coletiva, antes de destacar a "cena" protagonizada pelo atacante do Fluminense, o que teria facilitado a sua expulsão:
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- Teve, lógico, uma cena forte do jogador adversário, mas estou ciente que a falta que foi feita não foi para cartão vermelho. Até porque é um jogo de Libertadores, e sabemos que jogo de Libertadores é duro, forte. Estou bem tranquilo que não agredi ninguém. Foi simplesmente uma falta.
Cris citou o fato de ter atuado entre 2004 e dezembro do ano passado na Europa. Para ele, que voltou a negar ter agredido Sobis, a diferença entre as arbitragens é grande. Se o mesmo lance tivesse acontecido no futebol europeu, a decisão do árbitro poderia ter sido outra.
- Essa é a dúvida que foi colocada nesse jogo. Estou acostumado lá, os juízes não marcam faltas bobas na Europa, fiquei lá nove anos. O juiz antes de dar o cartão, primeiro analisa o jogador caído para ver a gravidade da falta. E aí vai julgar quem fez a falta. Na minha concepção, não foi uma falta tão dura para cartão vermelho. Estou consciente disso, Não foi agressão, não foi nada. Não merecia o vermelho - disse o defensor gremista.
O zagueiro, que será desfalque diante do Huachipato (CHI), na próxima quinta, em jogo que definirá a sorte gremista na Libertadores, ainda garantiu entender as críticas dos torcedores que não pouparam vaias após a sua expulsão, mas voltou a se defender.
- Em relação às críticas, fiquei chateado, puto da vida, por ter deixado a minha equipe, em um jogo tão importante, com uma expulsão injusta. Deixar a minha equipe na mão. Então, o torcedor tem toda a razão de vaiar, de criticar também. Mas fui para a casa nervoso, chateado. Sou jogador que não aceito a derrota, as coisas injustas. Fiquei magoado, chateado, porque estou com o Grêmio, dentro do projeto. Quero ajudar - completou.