A promessa de uma reforma política na CBF marcou a sabatina pela qual o presidente da entidade, Marco Polo del Nero, passou nesta terça-feira. Em sessão realizada na Comissão do Esporte da Câmara dos Deputados, o mandatário acenou com a chance de limitar o período no qual os dirigentes ficarão à frente do cargo.
"Esta reforma estatutária prevê um mandato, com possibilidade de uma reeleição. O mundo tem mudado, nós não podemos viver em um passado no qual os dirigentes ficavam mais de 40 anos no futebol", afirmou.
Del Nero foi veemente ao ser questionado sobre a possibilidade de renunciar ao mandato. "Só renuncia quem fez alguma coisa errada na vida. Vou até o fim do mandato, cumprir minha obrigação. Fui eleito por 45 dos 47 votos. Às vezes, dá vontade de ir embora, como acontece com todos os presidentes dos clubes, mas vou ficar até o último dia de mandato", ressaltou.
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Em meio às denúncias do FBI que apontaram José Maria Marin, Del Nero voltou a negar sua participação em esquemas de corrupção da Fifa. E, no início de seu pronunciamento, ironizou o fato de a escolha do Brasil como país-sede da Copa do Mundo de 2014 estar sob suspeita.
"Faço questão de esclarecer que não participei de nenhum processo de escolha da Copa do Mundo, não acompanhei nada. Disseram até que houve alguma coisa errada na escolha do Brasil. Mas não sei o motivo, porque foi uma candidatura única. Mas tudo está sendo investigado, estranhamente, nos Estados Unidos da América", finalizou.