Até a tarde desta sexta-feira, Didier Deschamps nunca havia sofrido uma derrota em Copa do Mundo. Como jogador, foi campeão em 1998 com seis jogos de invencibilidade (estava suspenso contra a Dinamarca na primeira fase). Agora como técnico da França, estava há quatro partidas sem perder. E, no primeiro revés dele, a seleção francesa foi eliminada nas quartas de final diante da Alemanha, nesta sexta-feira, no Maracanã.
"A gente vai voltar para casa com muita tristeza, frustração e decepção. Não posso tirar isso dos atletas porque eu também estou com esse sentimento. Nós tínhamos a ambição de continuar, mas tenho muito orgulho de ter chegado até aqui", disse o treinador francês.
Deschamps lamentou as chances de gol desperdiçadas pela França, sobretudo no segundo tempo. O seu time finalizou 13 vezes no Maracanã e os alemães, oito. "Foi um jogo de nível muito elevado, contra um adversário com um pouco mais de experiência do que nós, que fez o gol logo no início. Começamos o jogo timidamente, mas depois criamos muitas oportunidades e não tivemos a eficácia necessária. Mesmo que no final tenhamos corrido mais riscos, eles não marcaram o segundo gol", avaliou.
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O treinador, que assumiu a seleção em 2012 no lugar de Laurent Blanc, agora faz planos para a Eurocopa de 2016, que será disputada justamente na França. Seu desafio é dar continuidade ao processo de renovação da equipe, que foi muito mal nas últimas competições que disputou - foi eliminada ainda na primeira fase da Copa de 2010 e caiu no primeiro mata-mata da Eurocopa de 2012. Ao chegar às quartas de final da Copa do Mundo no Brasil, no entanto, dá sinais de reação.
"Fizemos muitas coisas positivas, mas não tínhamos a experiência dos alemães, que têm experiência de Copa e Eurocopa. Há um caminho a ser seguido. Esse grupo tem muito potencial e devemos continuar a elevar a qualidade. Apesar da dificuldade de aceitar uma eliminação, temos orgulho de tudo que fizemos desde que colocamos os pés aqui no Brasil", disse o técnico.
Deschamps também elogiou o nível dos jogos disputados no Mundial. "Essa é um Copa incrível, como muita velocidade, apesar de o ritmo diminuir nas partidas das 13 horas. Tivemos muitos placares apertados e partidas equilibradas, com muita intensidade e dinamismo. Estamos vendo equipes jogando no limite, times que passam de uma área para a outra rapidamente. Para o torcedor, isso é extremamente interessante", avaliou.