Enquanto a direção do Grêmio se preocupa em não deixar que o lado emocional afete os nervos dos jogadores na partida desta quinta-feira, no reencontro contra o Santos de Aranha na Arena, o diretor de futebol do clube, Rui Costa, reforça o clima de "rivalidade" entre os dois clubes. Nesta quarta, ele criticou o capitão santista, Edu Dracena, por declarações do zagueiro pedindo penas mais duras ao Grêmio.
"O Edu Dracena disse que o Grêmio tinha uma torcida racista e deveria ser banido do futebol. Isso é inadmissível. Esse tipo de manifestação acentua ainda a rivalidade, gera desconforto. Dracena vai ter de assumir as consequências. Nossa torcida vai pressionar, vaiar, mas dentro daquilo que sempre foi razoável", disse o dirigente.
Logo depois do julgamento que tirou o Grêmio da Copa do Brasil por ofensas racistas endereçadas ao goleiro Aranha, Dracena concedeu entrevista coletiva e disse que: "Temos que dar basta nisso, isso vai da educação. Se continuar, tem que ser excluído do futebol. (O Grêmio) é reincidente, temos que levar isso em consideração. O Aranha foi ofendido! As pessoas têm que saber".
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O jogo desta quinta-feira é aguardado com muita expectativa por conta do clima nada amistoso criado em torno do caso de racismo e da punição ao Santos. Os gaúchos, porém, brigam pelo G4 e não podem deixar o nervosismo mandar.
"Não tem como fingir que é um jogo normal. Esse jogo tem um componente emocional diferente por tudo que envolveu Grêmio e Santos nos últimos dias. Então conversamos com os atletas que não aumentar ainda mais a carga em cima deles. Os jogadores têm de pensar só no Santos e como enfrentar uma grande equipe. Nossa preocupação é que o jogo transcorra normalmente", explicou Rui Costa.
O dirigente também tentou defender o técnico Luiz Felipe Scolari, que, na terça-feira, em conversa informal com o assessor de imprensa do clube, perante aos jornalistas, insinuou que os profissionais de imprensa teriam caído numa "esparrela" (armadilha) de Aranha. "Não cabe a mim comentar a declaração do Felipe (Felipão), mas foi uma declaração na informalidade, que está voltada muito mais para o jogo desta quinta-feira do que para o que passou", garantiu o diretor de futebol.