Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Custou R$ 660 milhões

'Elefante branco' em Manaus, Arena Amazônia ainda dá prejuízo aos cofres públicos

Agência Estado
04 set 2016 às 12:22

Compartilhar notícia

- Chico Batata/Agecom
Publicidade
Publicidade

A presença da seleção brasileira nesta terça-feira (6) na Arena Amazônia, no jogo contra a Colômbia, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018, se dá por dois motivos: logística, pois Manaus é relativamente próxima de Quito, onde a equipe atuou na última quinta-feira contra o Equador, e a tentativa da CBF de ajudar o estádio amazonense a se desvincular do incômodo status de "elefante branco". Até agora, este jogo está sendo perdido por goleada.

Construída para a Copa do Mundo de 2014 ao custo oficial de R$ 660,5 milhões, de acordo com o balanço divulgado pelo Ministério do Esporte em dezembro de 2014, a arena inaugurada em 9 de março de 2014 confirma as previsões e não consegue decolar. O futebol local é fraco, não enche estádios e não é toda hora que se consegue atrair clubes do Sul do País. Com isso, o espaço é pouco utilizado e os prejuízos, inevitáveis.

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


Em 2015, quando recebeu apenas 12 partidas e atividades no varejo, como shows e eventos corporativos, a arena teve prejuízo operacional foi de R$ 7.352.829,26, segundo dados do governo amazonense, que bancou o rombo e tem planos de privatizar a arena.

Leia mais:

Imagem de destaque
Em 2025

Estêvão diz que vai realizar sonho ao enfrentar Messi no Mundial de Clubes

Imagem de destaque
Para a próxima temporada

Athletico começa a reformulação e demite técnico e diretores

Imagem de destaque
Adeus ao sonho

Botafogo sucumbe à maratona e amarga queda precoce no Mundial

Imagem de destaque
João Paulo Sampaio

Flamengo quer tirar 'pai de geração do bilhão' do Palmeiras


Além de continuar buscando atrair clubes dos grandes centros, sobretudo do Rio (Vasco x Londrina, pela Série B do Campeonato Brasileiro, e o Fla-Flu (Flamengo x Fluminense), em outubro, pelo Brasileirão, devem ser jogados no estádio), negocia a realização de um torneio de futebol feminino.

Publicidade


Com isso, a expectativa é de aumento da média de público - 13.421 pessoas por jogo em 2016, contra 11.119 no ano passado. Os números são tímidos, mas o aumento de eventos no local é a aposta do governo amazonense para superar de vez a condição de elefante branco. "Acho que já superamos", avaliou o secretário de Esportes e Lazer do Estado, Fabrício Lima. "Trouxemos para cá a Olimpíada, no dia 11 teremos uma festa de música eletrônica, enfim, acreditamos que o momento é de colocar uma pasta de baixo do braço e bater na porta das pessoas para vender a Arena".


Segundo Fabrício, a Arena tem um custo mensal de quase R$ 700 mil para o Estado, mas um fundo de arrecadação de 10% da renda de cada partida tem ajudado na manutenção do estádio. "Só com a renda do jogo Brasil e Colômbia vamos custear todo o mês de setembro", destacou o secretário.

Publicidade


Quanto aos jogos locais, a Secretaria prometeu a Arena grátis para os clubes. Contudo, o Nacional, time que mais tem representado o Estado em competições nacionais, alerta que só é interessante usar o local em jogos muito atrativos. Nem isso, nem a presença da seleção, no entanto, ajudam as contas a fechar.


Ingressos

Publicidade


O preço dos ingressos para o jogo entre Brasil e Colômbia foi motivo de uma polêmica que chegou até à suspensão temporária das vendas. O Ministério Público do Amazonas considerou os valores abusivos, conseguiu a interrupção da comercialização, mas, no fim, na prática acabou prevalecendo a posição da CBF e a redução no preço foi bem menor que a pretendida.


Os bilhetes foram colocados à disposição do público em 11 de junho. No mês seguinte, o MP conseguiu paralisar as vendas, após estudo comparativo concluir que os preços cobrados - R$ 260 a arquibancada inferior e R$ 220 a superior, com meia-entrada a R$ 130 e R$ 110, respectivamente - eram até 261% maiores do que em outros Estados. O órgão pediu redução dos valores em até 60%.


Os preços só caíram depois de uma audiência de conciliação, no final de julho, entre o MP e a CBF. Mas a redução média foi de apenas 5% (a arquibancada inferior passou para R$ 209, com a meia a R$ 104,50, e o preço da superior foi mantido). A entidade, que chegou a cogitar trocar o local do jogo, também propôs fazer um treino aberto para a torcida.

A polêmica sobre os preços não afastou os torcedores. Até a última sexta-feira, 35 mil bilhetes haviam sido vendidos, de acordo com a CBF, de uma carga total de R$ 42 mil. E havia filas nos pontos de venda física na capital amazonense, principalmente depois da vitória sobre o Equador por 3 a 0 na quinta.


Publicidade
Publicidade

Continue lendo

Últimas notícias

Publicidade