A Defenser Vigilância e Serviços, empresa que cedeu os seguranças utilizados pelo Coritiba na partida contra o Fluminense, que terminou em pancadaria com a invasão de campo por torcedores, não está autorizada pela Polícia Federal para prestar esse serviço. O Coritiba disse em nota que tinha conhecimento da situação.
A Delegacia de Segurança Privada da PF deve lavrar auto de encerramento das atividades não autorizadas da empresa. Enquanto isso, o Coritiba, que foi punido na terça-feira com a perda de 30 mandos de campo e R$ 610 mil de multa pela confusão, será notificado sobre a ilegalidade de contratar a Defenser.
"Estava assistindo ao jogo em casa e, pelas imagens, já observei falhas", disse nesta quarta-feira o presidente do Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Estado do Paraná (Sindesp), Jéferson Furlan Nazário. No dia seguinte, após receber telefonemas confirmando que a empresa era irregular, ele fez a notificação à PF.
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"Não se pode ver só o preço na hora da contratação", destacou Nazário. Segundo ele, uma empresa regularizada faria um plano de segurança, com rotas de fuga e uma série de quesitos para evitar que os torcedores "mais inflamados" invadissem o campo.
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Curitiba, João Soares, garantiu que, se seguranças habilitados e com registro profissional estivessem trabalhando, o problema teria sido bem menor. "Pegaram pessoas aleatórias na rua", criticou.
A assessoria do Coritiba disse que a Defenser presta serviço ao clube há cerca de 15 anos, mas teria mudado de proprietário recentemente e estava em processo de regularização. Em nota, o clube reconheceu que sabia da pendência.