O equatoriano Erazo, zagueiro reserva do Flamengo, entrou em campo aos 20 minutos do segundo tempo, para recompor a defesa rubro-negra depois da expulsão de Chicão. Numa de suas primeiras participações no clássico decisivo do Campeonato Carioca, nesta tarde, ele cometeu um pênalti em Pedro Ken, num lance em que poderia ter apenas cercado o atacante do Vasco.
Antes mesmo de Douglas converter o gol vascaíno, Erazo parecia inconsolável. Chorava em campo, enquanto era consolado pelos colegas flamenguistas. Um deles, o atacante Alecsandro, chegou a gritar com o zagueiro, a fim de não deixar que ele se abatesse.
Após o gol de empate, de Marcio Araújo, e do título do Flamengo, o jogador da seleção equatoriana caiu no gramado do Maracanã e teve nova crise de choro. "Depois do pênalti, senti muita emoção. Meus companheiros correram pra caramba (para buscar o empate) e me caíram as lágrimas. Tive três meses muito difíceis, de muita luta, muito trabalho, sabia que seria recompensado", declarou Erazo.
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Ainda no gramado, na festa do título, enquanto era saudado pela torcida, o zagueiro Wallace registrava tudo com seu celular. Emocionado, tentava agradecer à torcida. "Tem gente que paga ingresso e não tem nem o que comer em casa. E vem pra cá e faz isso tudo. Isso é único."
Embora sem ter tido uma grande atuação na decisão deste domingo, o atacante Alecsandro foi importante na campanha e fez parte da torcida deixar um pouco de lado o titular Hernane, que se recupera de uma fratura. Na comemoração, Alecsandro disse que sua alegria com o título compensava a perda pela briga na artilharia. Ele terminou a competição com 10 gols, um atrás de Edmílson, do Vasco.
"Eu ficaria muito feliz se fizesse um gol e o título viesse com a artilharia. Mas está ótimo, muito bom mesmo", disse Alecsandro, que levou uma das bolas do jogo para seu filho Yan.