A apreensão de Everton Costa vai durar mesmo até outubro, conforme informado pelos médicos Clóvis Munhoz e Gustavo Gouvêa na semana passada. Porém, o atacante concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira, em São Januário, e disse estar confiante em voltar a jogar. O atleta, que sofreu uma arritmia cardíaca no jogo da volta contra o Resende, pela Copa do Brasil, se apegou muito à família nos momentos de maior preocupação.
- Minha esposa me passou toda tranquilidade. Conversamos sobre colocar ou não e, juntos, decidimos que sim. Somos muito apegado a Deus e a gente sabe o que ele pode fazer. Creio eu que vou voltar a jogar e bem, porque tenho 28 anos e não quero parar agora. Tenho muito ainda o que fazer e mostrar. Creio eu que vocês ainda vão ver o Everton jogando, no Vasco ou por outro clube. Mas quero fazer historia aqui - afirmou o atacante.
Everton vai implantar o desfibrilador na próxima semana, e o aparelho tem como função reverter uma nova arritmia que ele possa vir a ter. De todo modo, o cardiologista Gustavo Gouvêa, que acompanha o caso, reiterou que não há limitação no funcionamento do coração.
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- No ponto de vista geral, o Everton está ótimo, não sente nada. Imagino que seja até difícil para um atleta ficar sem jogar. Ele tem um coração bom, não tem limitação funcional. O que existe é uma chance de a arritmia voltar acontecer, mas ele está tomando remédio para isso não acontecer. E, com o desfibrilador, vai garantir a vida dele. Iremos aguardar os seis meses, que é o tempo de o coração cicatrizar. e vamos julgar, se tudo for correndo bem, para que ele volte a jogar. Neste momento ainda não podemos dizer se ele vai voltar ou não. ainda está muito precoce.
Ele disse estar confiante e preparado para ter o pequeno aparelho implantado no peito. Ele sabe que a decisão cabe aos médicos, mas tem receio algum de retornar aos gramados. - A minha confiança está 100%. Já coloquei na minha cabeça que, depois de fazer o implante, vou fazer o tratamento correto e, junto com os médicos, decidir meu futuro. Eles sabem que minha decisão é voltar. Vou ser o primeiro caso no Brasil, se Deus quiser, de alguém jogar com o desfibrilador.
O DIA DO JOGO
O jogador, que vinha sendo importante opção de velocidade, lembrou também seus momentos naquela partida contra o Resende, pela Copa do Brasil. Na ocasião, ele passou mal e foi levado imediatamente a um hospital próximo a São Januário. Ele permaneceu seis dias na unidade antes de receber alta.
- Eu estava bem no jogo, entrei em campo normal. Mas depois de uns cinco minutos comecei a passar mal, senti uma dor estranha no peito. Então deitei para ver se passava. Passou e voltei ao jogo. No vestiário, tomei um remédio e vomitei. Então me senti melhor. O Adilson perguntou se dava para voltar, eu disse que sim. Mas com dez minutos eu vi que iria piorar e pedir para sair.