Luis Fabiano está feliz. Vice-artilheiro do Paulistão com seis gols, o centroavante está em boa forma física, é titular absoluto do São Paulo, e parece estar vivendo mais uma lua de mel com a torcida, com quem vive relação de amor e ódio. Nem ele, porém, esperava começar 2014 tão bem depois de fechar o ano passado esquentando o banco de reservas.
"Na minha cabeça, eu começaria o Campeonato Paulista de maneira razoável e melhoraria com o tempo, mas o trabalho e o planejamento foram tão bem feitos que a melhora veio a curto prazo, e eu venho jogando sem dor. Eu perdi muito peso nesse tempo e tenho tido resultado, felizmente", comentou o jogador, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.
Por conta de um ano de 2013 de muitas lesões e irregularidade (que não o impediram de ser o artilheiro do time, com 22 gols), o atacante de 33 anos foi bastante criticado pela principal torcida do São Paulo no ano passado. Agora, é defendido até quando erra. Ele se esforça para entender a relação.
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"É difícil saber o porquê disso, mas todas as vezes em que joguei aqui foi parecido. Quando está dando certo, sou bom, mas na primeira dificuldade o alvo mais forte sou eu. Encaro com tranquilidade e sei que isso só vai acabar quando conquistar um grande título", comentou.
O jogador admitiu que pensou em deixar o São Paulo ao fim de 2013, mas recebeu o apoio de Muricy Ramalho. "Antes de terminar a temporada, meu empresário veio ao CT para conversar e expôs tudo o que pensávamos. Conversei com o treinador e ele falou que se eu me dedicasse e mostrasse condição, iria jogar. Quando você vive um momento difícil, pensa se seria bom um recomeço em outro lugar."
Com contrato até o fim de 2015, Luis Fabiano disse ser possível superar Serginho Chulapa e virar o maior artilheiro do clube (tem 184 gols, contra 242 do ex-jogador). "Em dois anos... Dá para chegar. Difícil, difícil não é. Tenho de jogar bastante, mas, se no ano passado eu estava mal, perdi um monte de jogos e fiz 22 (risos)... Neste ano já tenho seis, de repente dá pra assustar o Serginho (risos)."
Sobre aposentadoria, disse que isso já faz parte dos planos. "Tenho conversado muito com ex-jogadores e eles me explicam como é difícil parar de jogar. Tinha pensado em parar aos 37, desde que estivesse legal e fisicamente bem. Não estou projetando muito o que fazer depois."