A Fifa anuncia nesta terça-feira, às 13h30, os critérios para o sorteio dos grupos da Copa do Mundo, marcado para sexta, na Costa do Sauipe, depois de muita discussão a respeito do que fazer com a França e também sob a tensão do acidente ocorrido no Itaquerão. Em relação ao palco de abertura, deve permanecer a indefinição do novo prazo de entrega do estádio.
No caso da França, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, revelou na semana passada duas das alternativas. A primeira seria simplesmente colocar a França, a seleção com pior ranking entre as que se classificaram na repescagem europeia, no pote 3, junto com Equador, Chile e as cinco seleções africanas.
A outra opção seria fazer um sorteio entre as nove seleções europeias que não são cabeças de chave para decidir qual delas ficará com sul-americanos e africanos. Decidido está que as seleções cabeças de chave ficarão no pote 1, as representantes da Concacaf e da Ásia, no 2, e o pote 4 terá oito seleções europeias.
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Uma terceira alternativa, essa mais remota, já foi debatida na Fifa: em vez de se fazer sorteio entre as nove seleções europeias, uma delas seria designada pelos membros do Comitê Organizador da Copa. Eles levariam em conta a tradição das equipes e sua colocação no ranking. A questão nesse caso é que, na atual classificação, a Rússia (22ª) está atrás da França (19ª), mas em outubro, quando o ranking foi tomado como base para definir os cabeças de chave da Copa, isso não ocorria (os russos estavam em 19º e os franceses, em 21º).
Além disso, a Rússia se classificou diretamente, ao contrário dos campeões mundiais de 1998. Mais: sediará o próximo Mundial. Por isso, jogá-la às traças agora, fazendo com que corra risco de eliminação logo na primeira fase caso caia em um "grupo da morte", não é considerado prudente. Tomar atitude "ditatorial", escolhendo por exemplo a Bósnia, que disputará sua primeira Copa, para figurar no pote 3 também encontra resistências. Certo mesmo é que, seja qual for o critério adotado, a Copa terá pelo menos um grupo bem complicado na primeira fase. Essa chave poderá reunir até três campeões mundiais.
Outra questão que deve ser debatida nesta terça, na reunião do Comitê Organizador da Copa, é a possível alteração de horário dos jogos marcados para as 13h em cidades do Nordeste e do Norte. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, disse semana passada que, diante das reclamações fortes dos atletas, por meio de entidades que os representam, e com base em estudos médicos, os horários poderiam ser modificados.
O estádio do Corinthians também estará em pauta. Mas talvez não se chegue a nenhuma conclusão - a não ser a admissão oficial da tolerância com o atraso. Na segunda-feira, Blatter e Valcke reuniram-se com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, e com o presidente da CBF e do COL, José Maria Marin. Viram fotos do local do acidente antes e depois da queda da estrutura da cobertura, mas não receberam nenhuma informação mais conclusiva - o laudo sobre o acidente ainda não saiu, bem como uma expectativa mais precisa sobre a nova data de conclusão da obra. A Odebrecht promete acelerar o ritmo da construção, mas dificilmente o estádio será entregue antes de fevereiro. E pode ficar para março.