O Flamengo vai ter que escalar a maior montanha deste Campeonato Brasileiro se quiser realizar algo inédito: vencer duas partidas consecutivas na competição. Depois do triunfo sobre o Vitória, o adversário é o Cruzeiro, campeão antecipado do turno, no estádio do Mineirão, em Belo Horizonte. O duelo, a partir das 16 horas, pela 19.ª rodada, vai opor a inconsistência rubro-negra contra a irreparável regularidade azul.
Se quiser engrenar na competição, o Flamengo terá de derrotar o melhor mandante em seus domínios. O Cruzeiro tem um aproveitamento de 85,19% em casa, com sete vitórias e nenhuma derrota em nove jogos. A esperança dos cariocas é o fato de ter o terceiro melhor rendimento como visitante, com três vitórias. E os demais números mineiros também impõem respeito. Melhor ataque do torneio (41 gols), quatro rodadas de invencibilidade, quarta melhor defesa (18 gols sofridos) fazem a superioridade cruzeirense ficar evidente.
Diante de tanta adversidade, o técnico Mano Menezes usa de todas as armas que pode. Uma delas é fazer mistério. Nos últimos dias, escondeu o jogo e deixou no ar a dúvida entre um esquema com três zagueiros ou três volantes. "Vou armar o time parecido com o que armamos para jogar com o Cruzeiro, em Minas, pela Copa do Brasil (derrota por 2 a 1). Vamos jogar contra a equipe melhor colocada no Brasileiro, na sua casa", destacou, ciente de que terá que aproveitar as poucas chances que surgirem. "Não vamos ter o volume do segundo tempo do jogo de volta (da Copa do Brasil). Não podemos nos expor".
Leia mais:
Vini Jr erra pênalti, e Brasil cede empate para Venezuela
Vinicius Jr vira 'máquina de gerar gols' do Real e lidera ranking europeu
Dudu segue pessimista mesmo com clamor da torcida por vaga no Palmeiras
Filipe Luis diz que foi comunicado do afastamento de Gabigol no Flamengo
Contra o Vitória, Samir, Chicão e Wallace formaram a última linha. Chicão está vetado para o duelo deste domingo, com dores musculares. Mano Menezes pode lançar Renato Santos na vaga ou deslocar André Santos para a lateral esquerda e utilizar o tradicional 4-4-2. Esta última opção voltou à baila com a melhora física do lateral. "O André precisa trabalhar um pouco mais forte, um pouco mais a parte física, mas o ritmo de jogo vai dando o condicionamento naturalmente", destacou.
A julgar pela solidez defensiva e maior força ofensiva, com André Santos e Leonardo Moura de alas, oferecida pela formação com três zagueiros contra os baianos, a crença é pela manutenção do esquema.