Os jogadores do Corinthians começaram nesta quarta-feira (18) uma inédita greve de silêncio com a imprensa. Para o elenco, os responsáveis pelo time estar na zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro são os jornalistas. O técnico Leão, que participou do fracassado Manifesto de Glasgow em 1973 com a seleção brasileira, concordou com a posição do grupo.
"Eles (jogadores) foram chamados de venais por alguns jornalistas. Eu entendo a posição dos jogadores. Eles tomaram a atitude e assumiram. Não vão dar entrevistas a vocês e acabou! A decisão foi deles e eu respeito", disse Leão.
A maneira como a greve de silêncio foi anunciada foi bizarra. Uma folha de papel explicando a decisão foi pregada sob uma árvore na entrada da Estância Santa Filomena, em Jarinu, no interior de São Paulo, onde o time ficará isolado até a partida de domingo contra o Cruzeiro, no Pacaembu. Todos os jogadores do elenco assinaram o manifesto - não há prazo para terminar o protesto, mas a idéia é levá-lo até o final do ano.
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"Todos assinaram para ficar claro que não há líder", explicou Leão. "Ninguém pode ser responsabilizado. Foi uma atitude do grupo. Eu acho que foi a situação em que eles estiveram mais unidos. E por sinal, nós hoje pela manhã fizemos o melhor treinamento desde que eu cheguei ao Corinthians."
Leão aproveitou que só ele deu entrevista para garantir que Carlos Alberto não será reintegrado, apesar dos pedidos do presidente Alberto Dualib. "Nem hoje, nem amanhã, nem depois. Não mudou nada para mim", avisou o treinador, desmentindo uma anunciada reunião com o jogador em Jarinu. (estadao.com)