O juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e de Grandes Eventos, manteve nesta quinta-feira a decisão que determina que o clássico entre Fluminense e Flamengo, domingo, no Engenhão, aconteça com torcida única. No caso, a do Fluminense, que levou a melhor em um sorteio, ainda que o Flamengo tenha tido melhor campanha na Taça Guanabara. O clube rubro-negro já avisou que vai recorrer.
O juiz participou de audiência de conciliação com dirigentes dos quatro grandes clubes (Vasco, Botafogo, Fluminense e Flamengo), o comandante do Grupamento Especial de Policiamento dos Estádios (Gepe) e o promotor Rodrigo Terra, da Tutela Coletiva e Defesa Coletiva do Ministério Público Estadual.
Schilling havia determinado que os clássicos ocorressem no Rio com torcida única depois da briga entre torcedores do Botafogo e do Flamengo, do lado de fora do Engenhão, em 12 de fevereiro. O botafoguense Diego Silva dos Santos morreu ao ser golpeado com espeto de churrasco. Outros três torcedores foram baleados.
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O regulamento do Campeonato Carioca determina que todos os clássicos aconteçam no Maracanã e com torcida dividida. O maior estádio da cidade, porém, está sendo aprontado para voltar a receber futebol só na próxima quarta-feira. E, no caso de indisponibilidade dele, o regulamento prevê que o clássico ocorra no Engenhão.
Da mesma forma, é o regulamento que determina que o mandante seja definido por sorteio, o que teria pouca influência se o jogo fosse com mando dividido. A decisão da Justiça de determinar a torcida única acabou beneficiando o Flu, que venceu o sorteio. Além disso, o Botafogo já havia deixado claro que não pretende mais ver a torcida do Flamengo dentro do seu estádio.