Preocupado com a situação do Palmeiras no Brasileirão, Gilson Kleina afirmou nesta terça-feira que o time vive clima de "tudo ou nada" antes do duelo contra o Coritiba, rival direto na briga para escapar do rebaixamento.
"Esse é um divisor de águas para nós, porque depende só da gente tirar o 16º lugar deles", declarou o treinador. O Palmeiras ocupa atualmente o 18º lugar da tabela, com 26 pontos, seis abaixo do Coritiba, primeiro time fora da zona da degola. Entre eles, há o Sport, com 27.
Desde que assumiu o posto de Luiz Felipe Scolari, Kleina somou seis pontos de nove possíveis. Sábado, lamentou a derrota por 3 a 0 para o São Paulo, mas se negou a jogar a toalha. Tem uma sequência difícil nas três próximas partidas, contra Coritiba, Náutico e Bahia, mas prefere pensar jogo a jogo.
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"É verdade que não fomos bem contra o São Paulo e também por mérito do adversário. Nos programamos para pressionar, mas não deu certo", contou, antes de destacar outro lado negativo da partida: as contusões no elenco.
Kleina revela-se preocupado com o desgaste das próximas rodadas do Brasileirão, marcadas por muitas viagens. "Tenho 25 jogadores e algumas situações de lesionados. Então temos de passar para o torcedor que vamos administrar quem está em condição de jogo somente no dia da partidas. Esperamos que todos estejam com saúde".
O treinador levanta a discussão sobre o calendário do futebol brasileiro, que não poupa os elencos. "Divida as cinco competições principais dos times em 12 meses. Tem de ir para ganhar em todas elas, mas isso é cada vez mais difícil, não tem como. O calendário tem de se reajustar". Kleina comenta ainda a dificuldade de avançar com uma equipe em constante adaptação. "As lesões prejudicam o padrão de jogo do Palmeiras e a sequência dos bons resultados. De modo que em cada jogo eu tenho de mudar a característica do time."
Sobre a possível contratação de Alex, Kleina acredita na viabilidade da negociação. O técnico afirma que não há nada decidido e que Coritiba e Cruzeiro também sondam o jogador. "O Palmeiras tem a Libertadores, que é um atrativo para oferecer a ele. Ele está passando por uma rescisão complicada e pediu duas semanas, enquanto não chega ao Brasil. Mas fiquei sabendo pelo Sampaio (César, gerente de futebol), que ele conversará primeiro conosco".
POLÊMICA - O treinador se disse surpreso com a informação de que o atacante Barcos não teria ficado na concentração palmeirense entre a última quinta e sexta-feira por ter pedido aumento salarial. "Ele pediu para ver os filhos. Nada mais justo, já que é estrangeiro. Não concentrou por uma liberação minha. Se ele pediu aumento eu não sei dizer", comentou.
Barcos está com a seleção argentina para a disputa dos jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2014 e desfalca o Palmeiras por três partidas. Quando retornar ao Brasil, o argentino promete dar uma entrevista coletiva para falar sobre o assunto.