A derrota por 2 a 1 para o Prudente, neste sábado, em pleno Serra Dourada, esquentou ainda mais os ânimos no Goiás. O time completou nove jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro e trouxe à tona uma divergência entre comissão técnica e diretoria.
O técnico Emerson Leão disse, na entrevista coletiva após o jogo, que, apesar de ter levado o atacante Felipe para o banco de reservas, não pôde utilizá-lo por ordem do presidente do clube, Syd Oliveira.
Recuperado de uma lesão nos ligamentos do joelho que o afastou do campo por três meses, Felipe voltou a jogar há duas semanas e teve seu nome gritado pela torcida neste sábado, quando o Goiás encontrava dificuldades para atacar o Prudente. No entanto, Leão o manteve no banco de reservas e, por isso, foi xingado pela torcida.
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"O Felipe não podia jogar hoje (sábado), mas perguntem isso para o presidente", esquivou-se o treinador. "Não estou autorizado a falar do Felipe, ele não tinha condições de jogo, Não vou levar essa (culpa) para casa."
Tanto o presidente como os diretores do Goiás não falaram a razão do veto ao jogador. Leão também não explicou por que o levou para o banco de reservas se sabia que não poderia utilizá-lo.
O clima no Goiás é ruim, tanto pela campanha no Brasileiro, em que o time é o vice-lanterna, como pelo atraso no pagamento de salários. E a próxima partida da equipe será contra o líder Fluminense, quarta-feira, no Serra Dourada.
"Estamos tentando fazer nos jogos o que o treinador nos orienta durante os treinamentos, mas infelizmente não conseguimos. O que é pior é não termos os pontos que nos dá a tranquilidade necessária para a disputa do Campeonato Brasileiro. É uma situação muito ruim, mas estamos trabalhando para contornar essa fase", disse o goleiro Harlei.