Na véspera do jogo que pode colocar o São Paulo na semifinal da Copa do Brasil, Emerson Leão mais uma vez se viu bombardeado por uma série de perguntas sobre seu futuro e seu relacionamento com a diretoria.
O treinador voltou a adotar um tom mais conciliador e evitou retrucar os dirigentes na guerra fria travada entre as partes. Leão voltou a deixar o cargo à disposição e classificou como ''fofocas'' a troca de farpas com os diretores.
"As pessoas têm o direito de não gostar de mim e eu também tenho o direito de não gostar de alguns diálogos, mas seria muito monótono se todos fôssemos iguais. O mais importante é que a torcida sabe que estamos aqui para trabalhar para o São Paulo. Nada me segura aqui a não ser a vontade do São Paulo e eles não precisam me pagar nada de multa nem eu para eles. O que não pode acontecer é fofoca, porque fofocas rendem novelas", afirmou.
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Leão sabe que tem o trabalho questionado pelos principais diretores do clube, que tentam sempre mostrar que o poder de decisão do técnico é reduzido - como, por exemplo, quando dizem que ele não decide ou sugere contratações. A resposta então vem nos números. O treinador não se cansa de lembrar que tem quase 75% de aproveitamento dos pontos conquistados.
"Estou consciente com o meu nível de aproveitamento junto com os atletas, acho que no país do futebol ter um nível bom responde a qualquer pergunta. Para mim isso basta, sou o prático, respondo pelo que acontece no gramado", emendou.
Nem mesmo a bateria de perguntas tirou a serenidade do treinador, que inclusive respondeu de maneira bem humorada sobre sua mudança de comportamento. Leão afirmou que a única coisa que não aceita é a interferência no seu trabalho e insistiu que o caso Paulo Miranda, em sua visão, não caracterizou intervenção da diretoria.
"Eu me lembro que era um atleta agressivo, rabugento. Quando me tornei treinador, era a mesma coisa. Aí quando fiquei tranquilo, vocês (jornalistas) reclamaram querendo o ''velho''. Eu não tenho limite para minha paciência desde que não haja violação do meu trabalho. Tive a liberdade de retornar o Paulo Miranda, não tenho o menor prazer de encher os jornais de notícias", afirmou.