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Mário Sérgio atira para todos os lados

Rodrigo Sais - Folha do Paraná
05 set 2001 às 17:28

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Os últimos vinte dias têm sido tumultuados para o técnico do Atlético, Mário Sérgio. Desde a derrota por 2 a 1 contra o São Paulo no Morumbi, no dia 19 de agosto, o treinador já discutiu com juízes, reclamou da intervenção de dirigentes no futebol, e chegou até a anunciar sua demissão do cargo, voltando atrás no dia seguinte.
Mário Sérgio atingiu o ápice de sua indignação no último domingo, quando acusou o árbitro Edílson Soares da Silva de ter prejudicado o Atlético após ter marcado um penâlti e expulsado os jogadores Pires e Nem. "Quando você analisa a tabela, você imagina que pode perder de um Palmeiras ou de um Vasco fora de casa. Mas quando o juiz prejudica você deliberadamente, isso irrita demais", queixa-se.
Na avaliação do treinador, o Atlético é perseguido pela arbitragem. "Não sei se é rixa com os dirigentes, ou se é pelo fato de ser um clube fora do eixo Rio-São Paulo, que ainda não teve conquistas nacionais. Mas é flagrante a má intenção", alfineta o técnico, que acredita que os árbitros estão com muito poder em suas mãos. "Eles não precisam dar penâltis inexistentes para prejudicar o nosso time. O que eles estão fazendo agora é abusar das expulsões", afirma.
Os desfalques por expulsão são apenas parte dos problemas do técnico. Atualmente, o Departamento Médico do clube também está entre os lugares mais badalados do CT do Caju, frequentado por muitos jogadores do time titular, principalmente da defesa. "Nosso desempenho começou a cair depois que a zaga começou a ser desfalcada pelas expulsões e contusões. A defesa é vital neste campeoanto: quem deixar o outro time jogar está morto. E eu estou tendo que improvisar com jogadores que não estavam nos planos, como o Bruno Reis e o Daniel", explica Mário Sérgio.
Além dos árbitros, a imprensa também figura no rol de reclamações do treinador. Para ele, a pressão que a mídia tem sobre os jogadores e também sobre o treinador é muito forte. "É gozado que a maioria dos comentaristas pede que seja feito um trabalho a longo prazo, mas nos primeiros insucessos, já estão pedindo a cabeça do treinador. Em São Paulo, a imprensa é muito mais fechada em torno dos clubes, para se proteger. No Paraná, não existe isso", analisa.
Mesmo com todos os problemas, Mário Sérgio garante que segue à frente do Atlético, e que o clube irá se classificar para a segunda fase. Mas alerta os torcedores da necessidade de serem realistas. "Temos um bom time, mas não é o melhor do mundo. Fizemos muitos pontos neste primeiro terço do campeonato, e isso vai nos dar um fôlego. Mas imagino que vamos acabar em sétimo ou oitavo no final da primeira fase", afirma Mário Sérgio, que não acredita que as próximas rodadas serão mais fáceis depois dos confrontos com os times grandes. "Vamos pegar times lutando contra o rebaixamento dentro de casa. Vai ser dose", desabafa.
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