Sem poder apresentar Edilson e Stiven Mendoza devido à participação da diretoria na contratação de Dudu, a assessoria de imprensa do Corinthians escolheu o meia Renato Augusto para conceder entrevista coletiva nesta terça-feira. Entre os assuntos, o ano passado. Dentro e fora de campo. O jogador, que viveu uma das suas melhores temporadas, admitiu que alguns meses de direito de imagem de 2014 ainda não foram quitados.
- Não está em dia, a gente tem de ter um pouco de paciência, a gente espera que as coisas voltem ao seu normal, isso fica em segundo plano. Se ficar pensando nisso, a gente acaba não jogando, tem de deixar isso de lado - afirmou Renato Augusto, que depois explicou:
- O atraso é de alguns meses de direito de imagem, o salário na carteira está em dia. Mas são coisas que acontecem, a gente tem de entender e esperar resolver. Sempre tive muita liberdade para conversar com o Edu (Gaspar, gerente de futebol) e com toda diretoria, e sei que será resolvido - completou.
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A situação financeira do Corinthians não é nada boa. O clube teve de recorrer a empréstimos de um empresário do meio do futebol para quitar o 13º salário dos funcionários na virada do ano, além de uma antecipação da renovação contratual do acordo comercial das lojas oficiais. Ainda há pendências de premiações e bichos, como a conquista da vaga na Copa Libertadores de 2015.
A falta de dinheiro do clube está relacionada não apenas aos gastos com as contratações nas últimas temporadas (como Pato, Renato Augusto e Gil, entre outros), mas, principalmente, ao pagamento de impostos que foram deixados pela administração de Andrés Sanchez. Cerca de R$ 50 milhões foram pagos ao Governo pela atual gestão que, com isso, conseguiu extinguir um processo na Justiça contra o ex-presidente e outros três dirigentes. Todos corriam risco de prisão caso esse acordo não fosse firmado e cumprido, como está sendo feito. A dívida é relacionada a impostos recolhidos dos funcionários do clube, que não foram repassados ao Governo nos últimos anos.
Outro fator que influencia para a falta de dinheiro do Corinthians é a impossibilidade de utilização das rendas dos jogos como mandante. Apenas em 2014, o torcedor deixou mais de 43 milhões nas bilheterias - cerca de R$ 27 milhões líquidos. Essa grana toda, porém, vai direto ao fundo que administra a Arena, para que a dívida seja quitada. A primeira parcela, que vencerá em junho, será de quase R$ 100 milhões - clube obteve 1/3 desse valor em 2014.