O Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia (Sinditelebrasil) alertou nesta terça-feira, em Brasília, que pelo menos dois estádios da Copa do Mundo não poderão oferecer telefonia e banda larga móveis aos torcedores conforme o planejado. Por causa do atraso nas obras de conclusão do Itaquerão e da Arena da Baixada, não foi possível realizar testes necessários para os equipamentos de transmissão de 3G e 4G nessas duas sedes da competição.
Para o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, as estruturas de 3G e 4G até ficarão prontas a tempo dos primeiros jogos, mas, sozinhas, não serão suficientes para conseguir atender toda a demanda esperada durante as partidas da competição. O problema é que, segundo ele, só haverá Wi-Fi nos estádios de seis das 12 sedes: Brasília, Rio, Salvador, Porto Alegre, Manaus e Cuiabá.
"Infelizmente, em seis estádios não haverá reforço do sinal por meio do Wi-Fi, o que ajudaria a absorver o uso de dados pelos torcedores. Mas isso não ocorrerá porque os administradores das arenas não quiseram. No dia da abertura do Mundial, todo o básico vai estar funcionando, mas com deficiências. Acho que seria melhor se tivesse Wi-Fi", avaliou o ministro.
Ainda assim, Paulo Bernardo lamentou a demora das obras de algumas arenas e cutucou os administradores desses estádios. "Parece que os construtores e administradores das arenas só descobriram agora que precisam de estrutura de telecomunicações para atenderem aos torcedores. Isso é básico", afirmou.
O ministro esclareceu também que o sinal de telefonia e internet dentro dos estádios não é uma obrigação dos organizadores do evento e que o governo não teria como obrigar a instalação dos equipamentos dentro de empreendimentos privados. "O nosso compromisso é com a fibra óptica da Telebras para a transmissão das partidas para todo o planeta. E mesmo com os atrasos de alguns estádios, como o de São Paulo e o de Curitiba, toda essa estrutura obrigatória está sendo concluída", completou.