A Federação Italiana de Futebol (FIGC) tomou uma decisão no mínimo controversa nesta terça-feira, ao manter a suspensão de uma partida ao meio-campista Sulley Muntari. O ganês do Pescara recebeu dois cartões amarelos no confronto diante do Cagliari, no último domingo, pelo Campeonato Nacional, após se revoltar com insultos racistas vindo da torcida adversária.
Já nos minutos finais da partida de domingo, Muntari passou a ser alvo de insultos racistas por um grupo de torcedores do Cagliari. Revoltado, o jogador de 32 anos relatou o ocorrido para o árbitro, que não só ignorou o fato, como puniu o atleta com um cartão amarelo por reclamação.
Foi a gota d'água para Muntari, que deixou o campo de jogo e dirigiu-se à torcida para cobrar satisfação, momento em que o árbitro, então, o puniu com o segundo cartão amarelo, e consequentemente o vermelho, por deixar o campo sem sua permissão.
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"Muntari foi punido com dois cartões amarelos por protestar contra o árbitro e por comportamento não regulamentar ao abandonar o campo de jogo sem a permissão do diretor de competição", justificou a FIGC ao manter a punição ao jogador nesta terça-feira.
A atitude do árbitro no domingo gerou revolta também na FIFPro, o sindicato internacional de jogadores profissionais, que cobrou que a FIGC "ouvisse a explicação de Muntari" antes de definir se a suspensão seria mantida, mas a entidade decidiu confirmá-la de qualquer forma.
Não só manteve a punição a Muntari, a FIGC também decidiu não aplicar qualquer sanção ao Cagliari pelo incidente com sua torcida. "A discriminação racial foi entoada por um número aproximando de 10 torcedores, portanto, menos de 1% do número de ocupantes do setor do estádio (cerca de dois mil), então, não consiste na dimensão mínima e não foi percebida pelos oficiais em campo. Por isso, decidimos não impor qualquer punição ao Cagliari", justificou.