O massacre do Santos mostrou nesta quinta-feira na Vila Belmiro, com a vitória por 8 a 0 contra o Bolívar, não foi o bastante para empolgar Muricy Ramalho. O treinador se mostrou satisfeito com as atuações de alguns jogadores, especialmente Paulo Henrique Ganso, que voltou a entrar na área e fazer gol, como ele pede, e Elano, que jogou como nos melhores momentos do primeiro semestre do ano passado, mas foi econômico dos elogios.
"A gente não deve se entusiasmar. O adversário facilitou um pouco porque veio marcar em cima e deu espaços para o nosso time. Então, acho que foi merecido e os nossos jogadores estavam com muita vontade e ganhamos na bola", destacou o técnico santista. Muricy Ramalho fez questão de reconhecer a lealdade dos bolivianos não apelando para a violência em nenhum momento, apesar das dificuldades que encontraram para conter os atacantes santistas.
Com relação ao adversário das quartas de final, o Velez Sarsfield, da Argentina, Muricy Ramalho procurou não se aprofundar. "A Libertadores vai ficando mais difícil a cada etapa que passa e não dá para escolher contra quem jogar", disse. Mas o comandante santista reconhece que a sua equipe está pronta para se impor mesmo diante de equipes mais tradicionais. "Nosso time amadureceu muito do ano passado para esse e o exemplo foi esse confronto contra o Bolívar. Perdemos lá (em La Paz), mas soubemos nos recuperar em campo. Agora vamos enfrentar uma equipe dura demais, que está com o mesmo treinador há muito tempo, mas temos que saber jogar, principalmente fora de casa", afirmou.
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Com os dois gols que marcou, Neymar deixou para trás Serginho Chulapa e João Paulo, que durante décadas ficaram no topo da lista dos artilheiros do clube após o encerramento da carreira de Pelé, com 104 gols, e agora já começa a superar jogadores da época do Rei, como Del Vecchio (105) e empatou com o 16.º da história - Álvaro, com 106.
O novo gênio da Vila Belmiro deve superar em breve as marcas de Vasconcelos (15º, com 111), Raul Cabral Guedes (14.º, com 120), Odair (13.º, com 134) e até de Antoninho Fernandes (12.º, com 145).
Após o encerramento do jogo, o time santista se abraçou em campo e em seguida acenou para o público. A torcida, deslumbrada com que acabara de assistir, só começou a ir embora quando o último jogador desceu para os vestiários. Uma torcida que não atirou nenhum objeto em campo e foi premiada com um futebol de alta qualidade e oito gols, em mais uma histórica vitória santista.