Os 54 países associados à Uefa aprovaram nesta quinta-feira, durante congresso realizado na cidade de Astana, no Casaquistão, a criação de uma nova competição de seleções no cenário europeu. A Liga das Nações passará a ser disputada anualmente a partir de 2018, contará com acesso e rebaixamento e servirá para substituir boa parte dos amistosos das equipes do continente."Está é uma decisão muito importante para o futebol no que diz respeito às seleções nacionais", declarou o presidente da Uefa, o ex-jogador Michel Platini, que ressaltou a possibilidade de aumentar a importância das partidas das seleções com o novo torneio.
"Os amistosos realmente não interessam a ninguém, nem à audiência, nem aos jornalistas ou aos jogadores." O formato da Liga das Nações ainda será finalizado, mas inicialmente prevê que os 54 países serão ranqueados em quatro divisões, que serão disputadas em setembro e novembro de 2018. Os 12 times mais bem colocados no ranking de coeficientes da Uefa serão divididos em quatro grupos de três países na Divisão A. Os vencedores de cada chave avançarão à fase final do torneio, prevista para junho de 2019.
As piores campanhas serão rebaixadas. Mesmo com a competição, as seleções ainda disputariam as tradicionais Eliminatórias para a Eurocopa de 2020 entre março e novembro de 2019, mas a Liga das Nações garantiria algumas vagas no principal torneio do continente. De acordo com Platini, a previsão é de que um time de cada divisão vá para a Eurocopa, inclusive das divisões mais baixas, o que daria chance a países como Ilhas Faroe, Gibraltar ou San Marino de participar da competição pela primeira vez.
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A Uefa planeja ainda incluir a Liga das Nações no programa das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2022, no Catar. A entidade espera apenas o posicionamento da Fifa sobre as datas da realização do Mundial, que não acontecerá no meio do ano, como é costume, por conta do forte calor no país. "Precisamos ver quando acontecerá a Copa do Mundo e então conversaremos mais profundamente", disse o secretário-geral da Uefa, Gianni Infantino.
O dirigente explicou ainda que a Liga das Nações deve agradar os grandes clubes europeus, que costumam colocar entraves na cessão de jogadores às seleções. Segundo Infantino, esses atletas teriam menos desgaste, já que as viagens ficariam limitadas a países do continente. "É uma boa notícia para eles (clubes), que terão seus jogadores de volta mais cedo e não exaustos por viagens internacionais", apontou.