Com o Londrina eliminado da Série D do Campeonato Brasileiro, o estádio do Café ficará sem uso pelo menos até 12 de janeiro, data prevista para a estreia do Tubarão no Paranaense 2014.
Tempo que poderia ser usado para eventuais ajustes na praça esportiva, como a instalação do placar eletrônico e a troca do gramado, que esteve em péssimas condições durante os jogos do Londrina na Série D do Brasileiro.
A Viação Garcia, patrocinadora do clube, adquiriu um painel de led de aproximadamente 25 metros quadrados, mas ainda não pode instalar o placar. Como o estádio do Café pertence à prefeitura de Londrina, e portanto é um espaço público, foi necessária abertura de licitação.
O chamamento público tem prazo de 30 dias, mas até o momento nenhuma empresa apresentou proposta. Tudo porque o edital trata de "doação não onerosa", ou seja, de forma definitiva.
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"Nossa intenção não é doar o placar, mas sim ceder para que todos saibam que é nosso. Hoje a gente sabe quem está administrando a cidade, mas daqui a dez anos ninguém sabe. Vai saber o que um próximo prefeito poderia fazer com o placar. A gente tem essa preocupação", afirmou o gerente de marketing da Viação Garcia, César Macedo. "Se um novo edital sair como comodato por um período, a gente tem total interesse", completou.
O presidente da Fundação de Esportes de Londrina, Ângelo Deliberador, confirmou que aguarda apenas o prazo de vencimento do edital atual para publicação de uma nova licitação em outro formato. Por ter de obedecer prazos legais, pode ser que o Tubarão inicie a temporada 2014 sem o placar eletrônico instalado no Café.
Gramado
Também não há prazo definido para a troca do gramado no estádio municipal Jacy Scaff. Com o solo atacado por um verme nematoide, foi necessário um tratamento de solo com orientação de pesquisadores do Iapar para aplicar uma bactéria que elimina o fungo.
O clima quente e a falta de chuvas ajudam a acelerar o processo. No entanto, o presidente da Fundação não estabelece prazos para a troca. "Estamos fazendo tratamento com a bactéria e o gramado já está melhorando. Assim que conseguirmos controlar a infecção na terra, a superfície da grama vai ser trocada. Se colocar um gramado novo em terra contaminada, não vai adiantar", avalia Deliberador em entrevista ao Bonde.
O procedimento terá um custo aproximado de R$ 250 mil, bem abaixo dos mais de R$ 1,2 milhão que exigiria uma troca completa, com remoção da terra.
Durante a implantação do novo tapete de grama, que deve durar de dois a três meses segundo o presidente da FEL, o estádio não poderá ser usado.