Abel Ferreira conseguiu renovar a relação de amor com a Copa Libertadores. Na final de 2020, colocou em campo Breno Lopes durante a prorrogação contra o Santos. O atacante fez o gol do título.
Nesta terça-feira (28), com a eliminação se aproximando no Mineirão, o técnico mandou Gabriel Veron entrar. Em sua primeira jogada, o atacante deu o passe para Dudu mandar para a rede e colocar o Palmeiras de novo na decisão do torneio continental.
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O empate em 1 a 1 fez com que o time paulista avançasse pelo saldo de gols. No allianz Parque, a primeira semifinal havia terminado em 0 a 0.
O gol do Atlético foi marcado pelo chileno Eduardo Vargas. A final está marcada para 27 de novembro, no estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai.
Na semana passada, o treinador foi chamado de retranqueiro e causou contrariedade por atuar com excesso de cautela. Como se o português fosse discípulo de Pep Guardiola e não José Mourinho, especialista em armar equipes para jogar da maneira como o Palmeiras enfrentou o Atlético-MG: para decidir na partida de volta e atuando no contra-ataque.
O gol decisivo foi de Dudu, o atacante que não esteve presente na campanha da Libertadores de 2020 porque foi emprestado ao Al Duhail, do Qatar. Voltou na atual temporada para ser arma de velocidade ofensiva ao lado de Rony, substituído nesta terça para dar lugar a Gabriel Veron.
A estratégia de Abel Ferreira foi arriscada. No Allianz, a melhor chance para marcar foi do Atlético. Hulk chutou um pênalti na trave. Mesmo no Mineirão, os mineiros tiveram outras chances, especialmente com Vargas. Ele as desperdiçou. Mas quando Dudu empatou a partida, o nervosismo tomou conta do estádio de Belo Horizonte.
O resultado em Belo Horizonte fez o Palmeiras chegar à 6ª final de Libertadores de sua história. Iguala-se ao São Paulo como time brasileiro que mais vezes disputou o jogo do título da competição continental.
Antes deste ano, o clube esteve na decisão em 1961, 1968, 1999, 2000 e 2020. Foi campeão em 1999 e 2020.
Estar presente no confronto em Montevidéu também significa a oportunidade de ser o primeiro brasileiro campeão da Libertadores em dois anos consecutivos. O último a obter o feito foi o São Paulo de 1992-1993.
A não ser que aconteça um resultado inesperado com o Flamengo, que enfrenta o Barcelona (EQU) nesta quarta-feira (29), a final do torneio vai consolidar o domínio do futebol nacional na maior competição sul-americana. Seria a segunda final consecutiva entre times do país e o terceiro título. O rubro-negro carioca ganhou em 2019.
Um confronto entre Palmeiras e Flamengo também renovaria a rivalidade entre os dois últimos campeões da Libertadores e as equipes mais vitoriosas do país nos últimos anos. O Palmeiras é o atual campeão da Copa do Brasil. Os cariocas ganharam os dois últimos títulos brasileiros.
Ficha técnica
ATLÉTICO-MG
Everson; Mariano, Nathan Silva, Junior Alonso e Guilherme Arana; Allan (Tchê Tchê), Jair (Savarino), Zaracho (Sasha) e Nacho Fernández (Réver); Vargas e Hulk. T.: Cuca
PALMEIRAS
Weverton, Gustavo Gómez, Luan e Renan; Marcos Rocha, Danilo, Felipe Melo, Raphael Veiga (Wesley) e Piquerez; Dudu (Zé Rafael) e Rony (Gabriel Veron) T.: Abel Ferreira
Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Árbitro: Wilmar Roldán (COL)
Auxiliares: Alexander Guzman e Jhon León (COL)
VAR: Andres Cunha (URU)
Cartões amarelos: Nathan Silva (CAM); Luan, Felipe Melo e Marcos Rocha (PAL)
Gols: Vargas (CAM), aos 6', e Dudu (PAL), aos 22'/2ºT