Com uma vitória incontestável e muitos hematomas, tamanha violência do adversário, o Palmeiras derrotou o Bragantino por 2 a 0 no Pacaembu e está classificado para a semifinal do Paulistão. O Alviverde não se intimidou com as faltas, a forte marcação do adversário e venceu sem passar grandes sustos.
Classificado, enfrenta o Ituano no domingo, às 18h30, novamente no Pacaembu, onde derrotou o time de Itu na primeira fase do campeonato por 1 a 0 – gol de Alan Kardec, que mais uma vez fez o seu gol e ainda deu passe para o de Wesley.
O Palmeiras começou a partida como um time grande deve se portar diante de um pequeno. Foi para cima, acuando o adversário em todos os lados do campo, sem deixar a defesa adversária respirar. Wesley fez a equipe jogar com velocidade e Alan Kardec se movimentou bastante. O Bragantino respondeu com violência. O time de Bragança cansou de fazer faltas de tudo quanto foi jeito, justamente como Gilson Kleina disse que seria o jogo.
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Tanta pressão surtiu efeito. Aos 21 minutos, após o Palmeiras chutar pela primeira vez de fora da área, com Bruno César, Wesley cobrou escanteio, Guilherme tentou cortar a bola, mas ajeitou para Alan Kardec, em cima da linha, mandar para as redes e abrir o placar.
O gol deu a impressão de que seria uma vitória fácil, sem sustos, como mandava o roteiro. A torcida fazia uma bonita festa na arquibancada e pedia o segundo gol para ter ainda mais tranquilidade, mas o que se viu foi o oposto. O Alviverde perdeu o ímpeto de atacar, deixou o Bragantino sair da defesa e as tabelas e passes certeiros foram esquecidos.
O time passou a errar muitos passes e deixou de chutar ao gol. Com tantos erros, deu o contra-ataque para o adversário. A sorte é que o Bragantino é um time pesado e que também errava demais, por isso quase não levou perigo ao gol de Fernando Prass.
No segundo tempo, o Palmeiras voltou a ser aquele dos primeiros minutos de jogo: ligado, esbanjando vontade e com toques rápidos. O Bragantino continuou a bater e a tentar arrumar confusão.
O dono da casa resolveu responder na bola e mostrou entrosamento para ampliar a vantagem. Aos 17, Valdivia desarmou, tocou para Wendel, que cruzou rasteiro para a área. Leandro tentou chutar, o goleiro defendeu, a bola sobrou para Alan Kardec que, tranquilo, tocou para Wesley encher o pé e marcar o segundo.
CONFUSÃO
Logo depois do gol, uma confusão quase estragou a festa. Alegando que Valdivia foi agredido, Wesley foi tirar satisfação com Geandro e o árbitro Flávio Rodrigues Guerra deu apenas cartão amarelo para o volante do Bragantino.
Vendo que o juiz não estava disposto a coibir a violência, o time do interior passou a bater ainda mais, principalmente em Valdivia. O Alviverde conseguiu manter os nervos no lugar, evitou perder alguém por uma expulsão boba e ainda colocou o adversário na roda.
Os palmeirenses tocaram a bola com tranquilidade, deixando o tempo passar. Em determinado momento, o time ficou quase dois minutos batendo bola sem que o adversário tocasse nela. A zebra passou longe do Pacaembu e a torcida deixou o estádio orgulhosa com, como diz o presidente Paulo Nobre, "sangue na veia" dos jogadores.