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Empate dentro de casa

Palmeiras sofre, mas escapa do rebaixamento

Agência Estado
07 dez 2014 às 19:28

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- ANDERSON RODRIGUES/FRAME/ESTADÃO
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O Palmeiras não conseguiu fazer sua parte, mas escapou do rebaixamento no Brasileirão. Precisava de uma vitória na última rodada para não depender de nenhum outro resultado. Mas não passou de um empate com o Atlético-PR, por 1 a 1, neste domingo, no Allianz Parque. Assim, só escapou da queda graças aos tropeços de Vitória e Bahia, os dois que caíram para a Série B.

Convivendo com o fantasma de um novo rebaixamento, depois das quedas em 2002 e 2012, o Palmeiras encerrou neste domingo uma campanha medíocre no Brasileirão. Mesmo jogando com o apoio da torcida, no seu belo estádio novo, não foi capaz de vencer um adversário completamente desinteressado.

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Vindo de cinco derrotas seguidas (Atlético-MG, São Paulo, Sport, Coritiba e Inter), o Palmeiras somou apenas um empate neste domingo, terminando o campeonato com 40 pontos, em 16º lugar. Foi beneficiado, portanto, pela derrota do Bahia para o Coritiba e do Vitória para o Santos.

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O Vitória, portanto, terminou o campeonato em 17º lugar com 38 pontos, enquanto o Bahia ficou logo atrás, com 37 - ambos foram rebaixados junto com Criciúma e Botafogo. E o Palmeiras, mesmo com tamanho sufoco, evitou um novo rebaixamento, para alívio de sua enorme torcida.

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O JOGO - Sem pretensões no campeonato - terminou em oitavo lugar, com 54 pontos -, o Atlético-PR poupou vários titulares na última rodada. Mesmo assim, teve uma boa atuação diante do Palmeiras. No primeiro tempo, por exemplo, levou perigo em praticamente todas as vezes em que chegou ao ataque.


Foi assim logo na primeira investida real no ataque. Aos oito minutos, Fernando Prass fez grande defesa na finalização de Dellatorre e, no rebote, Gabriel Dias salvou em cima da linha após chute de Douglas Coutinho. Assim, o Palmeiras conseguiu evitar o gol, mas não por muito tempo.

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No lance seguinte, a cobrança de escanteio aos nove minutos, Ricardo Silva se livrou fácil da marcação de Lúcio e subiu para cabecear para o gol. Com isso, o Atlético-PR abriu 1 a 0 no placar, aumentando o drama palmeirense. O time do Palmeiras, no entanto, não se abateu e foi ao ataque.


O empate veio aos 19 minutos, após o chute de Renato desviar no braço de Dráusio dentro da área - o pênalti foi marcado com ajuda do assistente do árbitro Leandro Pedro Vuaden. Na cobrança, Henrique comprovou a condição de artilheiro palmeirense e marcou o gol, seu 16º no campeonato.

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Foi o primeiro gol do Palmeiras no novo estádio - antes, na inauguração realizada no dia 19 de novembro, o Sport tinha vencido por 2 a 0. Mas o Atlético-PR não se intimidou, nem mesmo com a pressão da torcida. Continuou criando boas chances de gol, exigindo ótimas defesas de Fernando Prass.


Explorando a péssima marcação palmeirense nas laterais, o Atlético-PR esteve muito perto de fazer o segundo gol aos 23 minutos, quando Nathan fez linda jogada e só parou em Fernando Prass. Aos 27, ele voltou a levar perigo, para uma nova defesa salvadora do goleiro do Palmeiras.

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O Palmeiras também teve boa chance aos 35 minutos, quando Renato chutou da entrada da área e Weverton espalmou. Mas o Atlético-PR não diminuiu o ritmo. Aos 40, Fernando Prass fez milagre em cabeceio de Douglas Coutinho, evitando novamente o segundo gol do time paranaense.


Mesmo jogando claramente no sacrifício - passou os últimos dias em tratamento intensivo para poder se recuperar de edema na coxa esquerda -, Valdivia voltou para o segundo tempo. Apesar de não apresentar muita mobilidade em campo, ele comandou as principais jogadas de ataque.

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No segundo tempo, porém, as boas chances de gol foram mais raras. Percebendo a falta de força do ataque palmeirense, o técnico Dorival Júnior logo trocou o volante Wesley pelo atacante argentino Cristaldo. Depois, Nathan sofreu lesão e ele precisou colocar o zagueiro uruguaio Victorino.


Cristaldo teve uma boa chance aos 22 minutos, mas Weverton saiu bem do gol e fez a defesa. Logo depois, nova opção ofensiva para o Palmeiras, com a entrada do argentino Mouche no lugar de Mazinho. Apesar das mudanças, o time mostrou enorme dependência de Valdivia, único a criar na frente.


Diante de um Atlético-PR cada vez mais fechado na defesa, sem se arriscar no ataque, o Palmeiras também não teve competência para chegar ao gol. Sozinho, Valdivia fez o que pôde, mas faltou ajuda dos companheiros. Com isso, o clima de tensão foi aumentando na torcida palmeirense.

Sem levar perigo ao Atlético-PR, o time não conseguiu sair do empate. Assim, mesmo com o final do jogo, o drama palmeirense ainda durou mais alguns minutos, até o término da partida entre Vitória e Santos. E, com o triunfo santista, a torcida do Palmeiras pôde respirar aliviada.


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