Depois de 12 anos, um representante da arbitragem do Paraná estará novamente na Copa do Mundo. Aos 39 anos, Bruno Boschilia será um dos sete árbitros e assistentes brasileiros a trabalhar nos gramados do Mundial do Catar, que será disputado entre 21 de novembro e 18 de dezembro.
Formado em 2001 e no quadro da Fifa desde 2014, o curitibano vive o auge da carreira e fala com exclusividade à FOLHA sobre a convocação e a oportunidade de trabalhar no maior evento esportivo do mundo. "É um momento de grande felicidade e uma realização pessoal e profissional. Ao mesmo tempo sei do tamanho da responsabilidade em representar a arbitragem brasileira e paranaense", comenta.
Formado em educação física pela UFPR (Universidade Federal do Paraná) - atualmente faz doutorado na instituição -, Boschilia é servidor da Secretaria Municipal de Esportes de Curitiba e tem no sangue o DNA da paixão pelo futebol e pela arbitragem. Seu pai, Luiz Boschilia, foi árbitro da Federação Paranaense, e o primo do pai, Dulcídio Wanderley Boschilia, um dos principais árbitros do país nas décadas de 1970 e 1980.
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"Desde criança sempre gostei muito de futebol e tentei jogar até uns 15 e 16 anos. Mas não tive muito sucesso e habilidade para ser atleta. Quando comecei o curso de educação física surgiu a possibilidade da arbitragem. Fui provar, gostei e não saí mais", revela.
Apesar do curso de formação de árbitros habilitar para a função de árbitro e assistente, Boschilia sempre preferiu ser assistente e afirma "que provavelmente eu não seria um bom árbitro". O paranaense ressalta que a função à beira do gramado também mudou muito ao longos dos anos.
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