O delegado Fábio Barucke, titular da 18ª Delegacia de Polícia, que prendeu hoje (6) o britânico Raymond Whelan, disse que a possível ligação entre a Match, empresa dirigida por Whelan, com a Infront Sport and Midia, de Philippe Blatter, sobrinho do presidente da Fifa, Joseph Blatter, fará parte das investigações.
"Temos notícia de que o Philip Blatter teria participação na sociedade da Match. Isso vai ser colocado aos autos no decorrer da investigação", disse Barucke, em entrevista coletiva na delegacia, para onde foi levado o britânico.
O delegado disse que Whelan teve prisão temporária por cinco dias decretada pela Justiça, mas que seus advogados ainda não haviam decidido se ele vai prestar depoimento. Caso isso ocorra, ele será ouvido amanhã (8), às 9h. "Se ele não for depor, vai ser encaminhado à Polinter [polícia interestadual] e vai depor em juízo", explicou o delegado.
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Segundo Baruck, o britânico negou, em conversa informal, que teria amizade com o empresário franco-argelino Lamine Fofana, que também foi preso por venda irregular de ingressos da Copa. "Ele não admitiu as acusações. Negou qualquer envolvimento com o Fofana. Negou que teria negociado pessoalmente ingressos com o Fofana", contou o delegado.
De acordo com Barucke, Whelan poderá responder pelo crime de facilitar a distribuição de ingressos para a venda de cambistas. "É o Estatuto do Torcedor, Artigo 41, Alínea G. Pena de quatro anos de prisão." O delegado revelou que outras sete pessoas, que aparecem nas escutas, estão sendo investigadas.