Michel Platini ainda vai descobrir se vai receber alguma compensação financeira da entidade que comanda o futebol europeu, apesar de seu mandato presidencial na Uefa ter sido encerrado antes do fim previsto por uma punição imposta pela Fifa.
O terceiro mandato de quatro anos do ex-jogador da França iria até 2019, mas ele foi suspenso de atividades ligadas ao futebol em outubro passado e seu sucessor na presidência da Uefa foi eleito na semana passada.
Novo presidente da Uefa, Aleksander Ceferin disse que só descobriu na última terça-feira sobre discussões para fazer um acordo financeiro com Platini. "Eu tenho uma reunião com a administração na segunda-feira sobre isso", disse Ceferin nesta quarta-feira. "Mas eu posso assegurar-lhe que não vou fazer nada ilegal ou antiético".
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O salário, não revelado, de Platini deixou de ser pago, garante a Uefa. Já o salário de Ceferin vai ser proposto por uma comissão de três pessoas presidida pelo cipriota Marios Lefkaritis, que também fará uma recomendação ao Comitê Executivo da Uefa sobre uma possível recompensa a Platini.
A solução seria vista internamente como reconhecimento das realizações de Platini desde a primeira vez em que foi eleito presidente da Uefa, em 2007, com a implementação de um controle financeiro entre os clubes, além do aumento das receitas das competições organizadas pela entidade.
Mas um pagamento poderia representar uma decisão polêmica no momento em que Ceferin tenta iniciar uma nova era na Uefa, depois de um ano de incerteza envolvendo a situação de Platini, punido por ter recebido um pagamento indevido de 2 milhões de francos suíços (aproximadamente R$ 6,6 milhões).
A Federação Alemã de Futebol disse que a Uefa deve resistir a qualquer pressão para fazer um pagamento a Platini. "É de importância decisiva para a integridade e credibilidade da Uefa que questões financeiras devam ser tratadas com seriedade", disse o seu presidente, Reinhard Grindel, ao jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung. "Platini foi suspenso por causa de um pagamento injustificado".