O presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares, disparou contra a CBF nesta segunda-feira, um dia depois da partida contra o São Paulo, em Uberlândia. Insatisfeito com a arbitragem de Wagner do Nascimento Magalhães, o dirigente atribuiu o resultado a uma falta supostamente invertida em favor do clube paulista. Foi a cobrança desta falta que gerou o gol de empate dos paulistas nos acréscimos.
"A CBF precisa começar a levar a sério a arbitragem no Brasil. É duro você investir em time melhor que os outros e eles trazerem árbitros para ajudar o adversário para ter um resultado favorável contra o Cruzeiro. A falta foi contra o São Paulo e o árbitro inverteu na hora de terminar o jogo. Deu falta para ajudar o São Paulo", disse o dirigente, em entrevista à Rádio Itatiaia.
O lance polêmico aconteceu aos 45 minutos do segundo tempo. Em contra-ataque são-paulino, o zagueiro Bruno Rodrigo e o atacante Luis Fabiano se chocaram na intermediária e o juiz apontou falta para os paulistas. Na cobrança, Antônio Carlos completou de cabeça e empatou a partida.
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"É uma brincadeira a arbitragem no Brasil! O presidente da CBF precisa levar isso mais a sério, caso contrário a gente vai ter que tomar medidas contra a CBF. Porque escalar árbitro para ajudar o time que eles torcem...", disparou o presidente cruzeirense.
Gilvan disse ainda que os dirigentes da CBF são muito próximos do São Paulo. Ele lembrou que o escritório de advocacia do novo presidente do São Paulo, Carlos Miguel Aidar, presta serviços para a entidade. E que José Maria Marin, que deixará a presidência da CBF ano que vem, foi jogador do time paulista na juventude.
"O presidente do São Paulo é o advogado da CBF, o presidente da CBF é ex-atleta do São Paulo. São pessoas ligadas ao clube, eles querem ajudar o clube de qualquer maneira. Isso é um absurdo. A gente passa a duvidar da honestidade do que está acontecendo lá [CBF]", atacou o dirigente mineiro.