Nesta segunda-feira, Mário Gobbi, presidente do Corinthians, concedeu entrevista coletiva, entre outros tópicos, abordou a invasão de torcedores do clube ao CT no último sábado. Um destes torcedores estava entre os presos em Oruro no ano passado. Mesmo assim, o mandatário afirma que não se arrepende por ter prestado apoio ao grupo na ocasião e diz que não cabe ao clube punir os infratores.
- Da mesma forma que eu não concordo que pessoas invadam o CT e pratiquem atos ilícitos aqui dentro, não posso concordar, como homem de direito, que você pegue 12 pessoas aleatoriamente e coloque na cadeia para dar uma satisfação de que quem matou o jovem Kevin estava preso. Até hoje, a polícia de Oruro não descobriu quem foi o autor do luminoso que atingiu o menino. Você não paga um crime cometendo outro crime. Se houvesse indício de que um teria participado, eu não teria aquela postura – disse Gobbi, que prestou apoio aos corintianos presos em Oruro na ocasião.
- Recentemente, em Brasília, em um domingo, teve um clássico entre um clube da capital de São Paulo e o Flamengo. Neste clássico, saiu uma briga de torcidas, pessoas ficaram na UTI. Ninguém falou absolutamente nada sobre isso. No domingo seguinte, fomos jogar em Brasília contra o Vasco. Saiu uma briga. A TV mostrou a imagem e o rosto de algumas pessoas. Eu pergunto: o que fez a autoridade policial de Brasília face a um caso desses? E cabe ao Corinthians fazer? Não cobrem o clube pelo que não cabe ao clube fazer – completou o mandatário, referindo-se ao jogo do São Paulo contra o Flamengo, no Campeonato Brasileiro do ano passado.
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De acordo com Gobbi, o invasor do CT que esteve detido em Oruro será tratado da mesma maneira que os outros durante a investigação. - Não importa se estavam em Oruro, em Bauru ou em Jaú. Um dos 15 de Oruro apareceu aqui e vai responder pela conduta igual aos outros, estivesse ele em Oruro ou não. O Corinthians não defende a impunidade, não encobre atos ilícitos. Quer que aqueles que estragam o futebol sejam eliminados do futebol – declarou.