O Real Madrid entrou em campo para enfrentar o Bayern de Munique no primeiro jogo da semifinal da Liga dos Campeões sem Gareth Bale e com Cristiano Ronaldo ainda longe dos 100%. Assim, Carlo Ancelotti montou um esquema que deu a posse de bola ao adversário, mas manteve o controle do jogo. O resultado? Um 1 a 0 suado, mas muito importante, que coloca o time como favorito a chegar à sua primeira final de Champions desde 2002.
Na próxima terça-feira, os dois times voltam a se enfrentar, desta vez na Allianz Arena, em Munique. Do lado do Real, a expectativa é que Bale e Ronaldo já estejam melhores e possam voltar a jogar juntos (o português jogou pouco mais de 70 minutos e saiu para a entrada do galês).
Isso pode deixar o time com mais opções ofensivas, fundamental quando se está à frente em uma eliminatória. Em relação ao Bayern, fica a decepção de ter tido a posse de bola por quase todo o jogo, mas não ter marcado um gol. Cenário que não pode se repetir caso os bávaros queiram fazer sua terceira decisão de Champions seguida.
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O JOGO
Os primeiros minutos de jogo pareciam sugerir que a segunda semifinal seria uma espécie de replay da primeira, com o Real Madrid fazendo o papel do retranqueiro Chelsea e o Bayern de Munique, do ofensivo Atlético. Os alemães amassavam os donos da casa, dominavam a posse de bola (79% a 21% na primeira etapa) e chegavam com alguma facilidade. O gol do Real Madrid não poderia sair em melhor hora.
Em contra-ataque iniciado por Cristiano Ronaldo, Coentrão achou o franc ês Benzema sozinho. O "Le Brocateur" fez como seu "irmão brasileiro" Hernane e não perdoou: 1 a 0 Merengues aos 18 minutos. O gol mudou o balanço da partida. O Real ainda se encolhia, esperando o Bayern. Mas os alemães, talvez com receio de tomarem outro contra-ataque, já não tinham a mesma pressão. O time da casa se beneficiou disso e teve mais duas chances de marcar na primeira etapa, com Ronaldo e Di María desperdiçando gols feitos, que ainda podem ser decisivos na eliminatória.
No segundo tempo, o Real Madrid veio com outra postura. Disposto a marcar mais um gol, Ancelotti colocou o time marcando mais à frente e pressionando a saída de bola do Bayern. Ronaldo e Benzema tiveram boas chances, mas aos poucos os alemães voltaram a ter uma forte presença no ataque. Até então apagado, Ribéry teve sua chance, assim como o brasileiro Dante em cruzamento na área e Robben, em jogada individual pelo meio.
No entanto, a impressão foi a de que o Real Madrid nunca perdeu o controle da partida. Nem quando Guardiola tirou os volantes Schweinsteiger e Lahm (colocando o capitão para a lateral-direita) e colocou o time todo para a frente. O Real teve períodos em que foi mais sufocado, mas nunca deu o controle da partida totalmente para o Bayern. Mérito de Carlo Ancelotti, que sem ter suas duas estrelas 100% soube montar o time para anular o rival e ainda marcar um gol. Vantagem, Madrid.