A recusa de jogadores brasileiros à Seleção para defender outros países é mais comum do que parece. Mário Fernandes, recém-convocado por Dunga, tem sido citado como exemplo. Na história, contada pelo jornal russo "Sport-Express" em matéria publicada em julho último, o jogador, ex-Grêmio, teria afirmado que sonhava jogar pela Seleção Brasileira, mas não esperaria a carreira toda.
- Claro que sempre sonhei jogar pelo meu país natal desde criança, mas a competição por um lugar na Seleção Brasileira é incrivelmente alta e estou pronto para considerar a possibilidade de jogar pela Rússia, se me pedirem - disse o atleta ao jornal.
Para mostrar que Mário Fernandes, de 23 anos, não está sozinho, o LANCE!Net elenca alguns craques que não aguentaram a espera e acabaram brilhando por outras nações.
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O jogador de maior destaque recente a se envolver na polêmica foi Diego Costa. O atacante, que escolheu defender a Fúria e foi à Copa do Mundo com os espanhóis, chegou a ser convocação por Felipão pouco antes do Mundial, mas já havia acertado com o time rojo. Hoje, ele é o craque do Chelsea e artilheiro do Campeonato Inglês.
Deco é outro exemplo de nome que fez falta à Seleção Brasileira. Campeão da Liga dos Campeões com Porto e Barcelona, o meia, nascido em São Paulo, foi um dos líderes do time português finalista da Eurocopa de 2004 e semifinalista da Copa do Mundo de 2006. Encerrou a carreira no Brasil, no Fluminense, mas foi é outro que não foi "descoberto" por aqui até ser tarde demais.
Outro que trocou o Brasil pela Espanha. Marcos Senna chegou a ter boa passagem pelo futebol brasileiro, se destacando em São Caetano e Corinthians, mas fez carreira no Villarreal e escolheu a Fúria para defender. Volante com bom toque de bola, participou do início da revolução que se deu no futebol espanhol a partir do título da Eurocopa de 2008 com o técnico Luis Aragonés.
Assim como Diego Costa, Altafini Mazzola é um dos casos raros de atletas que defenderam duas seleções. O brasileiro naturalizado italiano, porém, chegou a jogar duas Copas do Mundo seguidas por equipes diferentes. Campeão em 1958 com o Brasil, Mazzola foi ao Chile com a Itália, não podendo conquistar o bicampeonato. E foi na Europa que Mazzola virou ídolo, com mais de 200 gols pelo Milan e títulos de Campeonatos Italianos e Liga dos Campeões no currículo.
Novo xodó da torcida do Flamengo, Eduardo da Silva não chegou a ser cotado para a Seleção Brasileira, mas é outro que fez a própria história no futebol longe do país. O atacante saiu jovem do Rio de Janeiro e se profissionalizou na Croácia, pelo Dinamo Zagreb. O alge da carreira foi a passagem pelo Arsenal, onde chegou em 2007. Pela seleção croata, disputou a Eurocopa de 2008 e a Copa do Mundo de 2014. Chegou ao Flamengo negociado do Shakhtar Donetsk, da Ucrânia.