O Pacaembu viu uma pequena aula de futebol nesta terça-feira à noite, quando o Santos enfrentou o novato Audax, que realizava apenas sua segunda partida na elite do futebol paulista. E quem deu o show foi o time de Osasco. Comandado por Fernando Diniz, o Audax foi ousado, trocou passes desde a área defensiva, sem medo das consequências, teve um Rafinha arriscando dribles arrojados, e mas só empatou em 1 a 1. O placar, porém, foi absolutamente injusto pelo que o time de Osasco apresentou. O Santos, que não fez nada no jogo todo, marcou já no finalzinho.
Apenas 2.284 pessoas compareceram à partida, válida pela segunda rodada do Paulistão. O Santos, que havia vencido na estreia, tem quatro pontos, no Grupo C. No domingo, a equipe pega o Ituano, em Itu. Já o Audax, que vinha de empate com o Paulista, foi a dois pontos no Grupo B. Sábado, enfrenta a Ponte em Campinas.
O JOGO
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Quando a bola começou a rolar, às 19h30, o Pacaembu estava praticamente vazio. Ainda que fosse visitante, o Santos teve à sua disposição a maior parte do estádio, com os mandantes ocupando pequeno espaço da arquibancada. Mas o preço abusivo (R$ 60 o ingresso mais barato) e a ausência de jogadores como Edu Dracena, Arouca, Leandro Damião e Montillo afastou os santistas.
Os poucos torcedores do Audax devem ter sofrido nos primeiros minutos. O goleiro Felipe Alves parece ter recebido a ordem de não dar chutões. Por isso, em toda bola recuada, tentava o passe curto, ainda que o Santos pressionasse os zagueiros rivais. Ele ainda falhou feio duas vezes com as mãos durante o jogo.
O Audax corria riscos (algumas vezes enormes) mas conseguia justificar a opção pelo veto aos chutões. Tocando a bola de pé em pé, chegava bonito ao ataque. Aos 13 minutos, Rafinha fez ótima jogada pela esquerda, fintou Bruno Paes e levantou na cabeça de Caion, que mergulhou de peixinho e fez 1 a 0.
Caion voltaria a colocar a bola nas redes, dois minutos depois, mas estava em posição de impedimento e o gol foi invalidado. O atacante ainda perderia ótima chance aos 19, cara a cara com Aranha, quando chutou em cima do goleiro.
Comandado pelo dinâmico e habilidoso Rafinha, o Audax poderia ter saído do primeiro tempo com uma goleada. Aos 23, o meia deu um drible por baixo das pernas de Jubal, invadiu a área e arriscou, mas a bola bateu na rede pelo lado de fora. Em chutes de fora, o próprio Rafinha e Camacho ameaçaram.
No intervalo, Oswaldo sacou Leandrinho e colocou em campo Victor Andrade, seu quarto atacante. E quem cresceu com isso foi o Audax, que quase fez o segundo. Aos 4, Rafinha fez linda jogada. Ele recebeu na entrada da área, levantou a bola para dar um drible da vaca em Jubal, bateu de bate pronto, mas mandou para fora.
Depois dos 30 minutos a beleza na troca de passes virou displicência. Por conta disso, Nenê Bonilha e Denílson perderam duas chances na mesma jogada, que acabou com Aranha saindo aos pés do atacante rival. O mesmo Denilson ainda perderia boa chance quando recebeu cruzamento perfeito de Tche Tche, poderia ter batido de primeira para o gol, mas tentou o passe e acabou errando.
No seu primeiro jogo contra um time grande, o Audar conheceu aquela máxima: quem não faz toma. Até então o Santos não havia feito nada durante o jogo. Só Victor Andrade arriscou, duas vezes. Num chute fraco, de longe, que Felipe Alves quase aceitou, e numa jogada individual que parou nas mãos do goleiro, que finalmente trabalhou bem, já com 38 minutos.
Aos 42, porém, Thiago Ribeiro cobrou escanteio da direita, Jubal subiu bem e cabeceou melhor ainda, sem chances de defesa para Felipe Alves. O Audax tentou voltar à frente com Denilson, mas o chute passou raspando a trave.