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Jejum de quase 3 meses

São Paulo bate Fluminense e volta a vencer no Brasileirão

Agência Estado
25 ago 2013 às 18:23

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- RAFAEL NEDDERMEYER/FOTOARENA/E
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Depois de quase três meses, o São Paulo finalmente voltou a vencer no Brasileirão. Neste domingo, diante de mais de 55 mil torcedores no Morumbi, a equipe paulista jogou com autoridade principalmente no primeiro tempo, pressionou o Fluminense, e ganhou por 2 a 1, com gols de Luis Fabiano e Reinaldo. Apesar do resultado, a equipe continua na zona de rebaixamento. A torcida, contente, mesmo assim empurrou o time a dar "olé" nos minutos finais. O Flu só descontou nos acréscimos.

Desde 29 de maio, quando fez 5 a 1 no Vasco, o São Paulo não vencia um jogo oficial. No período, fez 15 partidas (12 do Brasileiro, duas da Copa Sul-Americana e uma da Copa Suruga) e somou apenas os pontos de cinco empates. Dependendo do ponto de vista, agora a equipe pode comemorar três jogos de invencibilidade.

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Não é coincidência que a primeira vitória de Paulo Autuori no comando da equipe em jogos oficiais (o São Paulo também venceu o Benfica pela Copa Eusébio) tenha vindo exatamente quando ele teve tempo para treinar o elenco. Desde o fim da Copa das Confederações, nesta semana pela primeira vez a equipe não teve jogos no meio da semana e pôde trabalhar normalmente. Méritos de Autuori, que neste domingo completa 57 anos.

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Confira os gols:

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Mesmo com a vitória, o São Paulo ainda é o 18º colocado, agora com 14 pontos, a três do Criciúma, o primeiro time fora da zona de rebaixamento. O Fluminense, que vinha de duas vitórias (uma delas pela Copa do Brasil), volta a ser ameaçado. Tem 18 pontos, no 15º lugar.

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O JOGO


A falta de sorte era tanta que o São Paulo resolveu apelar para as forças sobrenaturais. Jogou sal grosso na escada que liga o vestiário da equipe ao gramado. Tudo para afastar as energias negativas antes do começo do jogo.

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Culpa do sal grosso, da energia positiva da torcida ou de um novo espírito do time, as coisas simplesmente começaram a dar certo para a equipe do aniversariante Paulo Autuori. Desde o início, o São Paulo não jogava mais como time rebaixável. Pressionava o campeão brasileiro no campo do adversário e tinha o dobro da posse de bola.


A sorte também estava do lado dos paulistas. Aos 11 minutos, Samuel recebeu na área, driblou Rogério Ceni, mas se jogou antes de sofrer falta do goleiro. Por conta da encenação, o árbitro não marcou pênalti.

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Aos 27 minutos, o gol saiu graças a uma conjunção de fatores. Ademilson estava há quase dois minutos pedindo atendimento médico na linha de fundo, mas nenhum jogador do São Paulo quis colocar a bola para fora. Se a bola parasse, Luxemburgo colocaria Willian no lugar do machucado Jean. Mas como o lance continuou, o Flu estava sem volante. Não havia quem marcasse Paulo Henrique Ganso, que, como nos seus bons momentos, deu passe milimétrico para Luis Fabiano. O centroavante também reviveu as melhores fases. Ganhou da marcação na corrida, bateu mesmo desequilibrado, e tirou do alcance de Diego Cavalieri para fazer 1 a 0.


O segundo gol também teve a sorte a favor do São Paulo. Começou num cruzamento errado de Lucas Evangelista, que por pouco não surpreendeu Diego Cavalieri. Na sequência, a cobrança de escanteio ensaiada deu errado e o cruzamento de Reinaldo explodiu na marcação. A bola voltou para o lateral, que dominou, invadiu a área em diagonal, e bateu cruzado, com muita força. Novamente Diego Cavalieri tentou, mas passou longe de impedir o 2 a 0.

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Só não dava para confiar que a sorte duraria para sempre. Por causa disso o São Paulo voltou mais precavido para o segundo tempo. A marcação passou a começar apenas no meio-campo (e não mais no ataque), e os volantes subiam menos. O Flu, porém, parava antes de chegar à área paulista.


Por conta desse cenário, o segundo tempo foi de mais garra do que futebol. As chances de gol foram raríssimas. Destaque para uma jogada individual de Ganso, que roubou a bola no meio, carregou pela esquerda, e chutou na rede, pelo lado de fora, e numa batida rasteira de Lucas Evangelista, em cima de Cavalieri.


Rogério Ceni só teve trabalho nas reposições (às quais errou várias) e numa cobrança de falta que ele mandou por cima do travessão. Até na única boa chance criada pelo Fluminense, o goleiro nem se sujou. Aos 46, Eduardo bateu com tamanha precisão, no ângulo, que Ceni nem se mexeu. Só olhou a bola entrar.

Depois de empatar com o Flamengo e vencer o Flu, o São Paulo segue com a sua sequência carioca e pega o Botafogo, domingo, no Maracanã. Para esse jogo, não terá Luis Fabiano, que levou amarelo por reclamação no primeiro tempo (sofreu falta na entrada da área e o juiz não deu) e está suspenso. Aloísio, que seria seu substituto, conseguiu ser advertido aos 44 minutos do segundo tempo e também terá que cumprir automática.


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