Na última sexta-feira, a Fifa bateu o martelo e decretou o fim da participação de terceiros nos direitos econômicos dos jogadores. Desta forma, os clubes seriam os donos dos atletas, acabando com a prática dos "atletas fatiados", ou "terceira parte", como é chamado no exterior. Nesta segunda, o secretário de Futebol do Ministério do Esporte, Toninho Nascimento, se colocou a favor da nova regra, num debate promovido pelo canal SporTV.
- Se o Ministério tivesse na reunião, com certeza, teria votado a favor do completo banimento dos empresários. Desde fevereiro do ano passado, quando assumi a pasta, temos essa preocupação para o futebol brasileiro. Agora, a Lei de Responsabilidade Fiscal tornou-se ainda mais importante para ser aprovada. Tivemos uma proposta de aproveitá-la para extinguir a participação de terceiros em direitos econômicos. Não fizemos porque alguns clubes refinanciariam a dívida. O A medida é excelente. O futebol estava virando uma feira.
Os clubes terão de três a quatro anos para se adequarem à nova realidade. No próximo mês está previsto um novo encontro na sede da Fifa, na Suíça, para se discutir como a determinação será regulamentada.
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- As medidas tiveram caráter de urgência. Só existem os fundos de investimentos porque os clubes estão fracos. Devemos nos organizar nestes quatro anos e fazer o dever de casa, fortalecendo os clubes e as divisões de base. Partiu de fora para dentro para tomarmos vergonha. É hora do futebol pensar numa lei que nos fará esquecer os 7 a 1 da Alemanha - completou o secretário.