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Crítica

Seleção de Dunga ficou 'distante do povo', diz Mano

Agência Estado
25 ago 2010 às 14:40

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O técnico Mano Menezes deixou claro nesta quarta-feira que não aprovou o distanciamento promovido pelo técnico Dunga entre os jogadores da seleção brasileira e os torcedores durante a disputa da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul.

O treinador defende a opinião de que o ex-comandante da seleção poderia ter adotado um regime mais flexível aos atletas, lembrando que um contato maior deles com a torcida seria benéfico para as duas partes. Mano ressaltou que apenas as informações fornecidas pela imprensa, que cobriu os treinos e jogos do Brasil, não foram suficientes para satisfazer aos torcedores.

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"O sentimento que eu, como torcedor da seleção, tive do lado de cá (no Brasil) é o de que a seleção esteve um pouco distante do povo, pois o que a imprensa faz é trazer uma satisfação sobre aquilo que o torcedor quer ouvir. Os nossos jogadores ficaram um pouco distantes do torcedor brasileiro. E eu disse agora na seleção que não custa nada o torcedor se dirigir ao torcedor que está ali parado esperando por um autógrafo", ressaltou Mano Menezes, em entrevista para a TV Bandeirantes.

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O novo técnico da seleção brasileira citou o exemplo do amistoso que o Brasil disputou contra os Estados Unidos, no último dia 10 de agosto, em Nova Jersey, para reforçar a preocupação de estreitar a relação entre os jogadores e a torcida. Ele enfatizou que o fato de um ou outro jogador de destaque ceder ao menos cinco minutos do seu tempo para atender aos torcedores não irá prejudicar o trabalho dos mesmos na seleção.

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"Nós atendemos a um grande número de pessoas que ali (nos Estados Unidos) tiveram uma oportunidade de ver os jogadores de perto, que tiveram uma oportunidade única de pegar um autógrafo", reforçou o comandante, que ao mesmo tempo evitou criticar Dunga diretamente pelo isolamento que o capitão do tetracampeonato mundial promoveu sob o comando da seleção no último Mundial.


Mano ressaltou que o resgate da intimidade entre torcedores e jogadores da seleção e uma consequente relação saudável entre as duas partes são fatores essenciais na seleção. "Isso não é uma filosofia do Dunga, do Mano ou do Rodrigo Paiva (diretor de comunicação da CBF)", mas sim "uma coisa muito maior" dentro da filosofia que o Brasil precisa ter.

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Ao falar sobre o trabalho de seu antecessor, Mano também enfatizou que seria injusto criticar Dunga pelo fato de o ex-técnico da seleção não ter convocado Neymar e Paulo Henrique Ganso para a Copa de 2010 e deixado, assim, de atender ao apelo popular provocado pela grande fase vivida pelos dois jogadores com a camisa do Santos no período que antecedeu a competição.


"Eu falo objetivamente sobre a convocação dos meninos que todo mundo pediu, como é o caso do Neymar e do Paulo Henrique Ganso. Pra mim é muito fácil chegar e levá-los para a seleção agora, que estamos iniciando um trabalho, mas é diferente depois de um trabalho de três anos e meio (de Dunga à frente da seleção), convocá-los por causa do futebol que eles vinham jogando", analisou.





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