Em 19 de Fevereiro de 1954, em Belém (PA), nascia mais um ídolo alvinegro. "O Corinthians não é só um time e uma torcida. É um estado de espírito". Foi assim que Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira, ou somente Doutor Sócrates, definou o clube que atuou por cinco anos. O jogador completaria 60 anos nesta quarta-feira.
Antigo dono da camisa 8 e mestre do calcanhar, Sócrates foi tricampeão paulista pelo Corinthians (1979, 1982 e 1983). Atuou por 297 partidas e marcou 172 gols pelo clube. Seu legado, entretanto, vai além do que fez dentro do gramado.
Líder da Democracia Corinthiana, movimento implantado no Corinthians no inicio da década de 1980, lutava por uma maior autonomia dos jogadores. Decisões importantes do clube, como contratações e regras de concentração, eram decididas por meio de votações.
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O punho cerrado, gesto imortalizado nas comemorações de gols, passou a ter um significado a mais. Juntamente com Casagrande, Wladimir, Biro-Biro e Zenon, Sócrates passou a ser reconhecido também como cidadão.
O jogador tinha problemas com álcool. Foi internado duas vezes e, no dia 4 de dezembro de 2011, faleceu em razão de uma infecção intestinal. Mesmo dia, aliás, que o Corinthians conquistou o pentacampeonato Brasileiro após empate por 0 a 0 com o arquirrival Palmeiras.
AS HOMENAGENS
- No minuto de silêncio antes do inicio da partida que rendeu o penta ao Timão, a torcida e os atletas corintianos, que usavam uma faixa preta no braço, estenderam o punho direito cerrado imitando o gesto imortalizado pelo Doutor. Durante os 90 minutos de bola rolando, a torcida entoou vários gritos em homenagem ao jogador.
- Pouco mais de seis meses depois de sua morte, o Corinthians inaugurou um busto em homenagem ao atleta. Instalado no Parque São Jorge, o monumento reproduz a imagem de Sócrates com o punho cerrado. O jogador é o quinto homenageado desta forma. Além dele, Neco, Luizinho, Baltazar e Cláudio também têm bustos na sede do clube.