O Santos não tem mais objetivos a buscar no Campeonato Brasileiro, mas será uma espécie de "fiel da balança" nas duas rodadas finais da competição, pois neste domingo enfrentará o Atlético-PR, que ainda não assegurou classificação para a Copa Libertadores, e depois pegará o Goiás, outro time na briga por uma vaga na competição continental. Por isso, o técnico Claudinei Oliveira chegou a ser questionado nesta sexta-feira se veria com bons olhos a possibilidade de receber uma ajuda financeira extra de um dos concorrentes diretos destas equipes: no caso, Botafogo e Grêmio.
Ao comentar o assunto, o treinador admitiu que a chamada "mala branca", como ficou popularmente conhecido no futebol o incentivo extra pago para um time ganhar um jogo, é bem-vinda para qualquer clube. Porém, ele negou que o Santos tenha sido procurado para receber este tipo de ajuda, assim como destacou que não precisa deste artifício para estar motivado nas duas rodadas finais do Brasileirão.
"Temos que fazer o nosso trabalho, não posso me preocupar com o dos outros. Fazer o trabalho bem feito já é bem difícil. Estamos vindo de uma sequência de jogos com Vasco, Bahia, Vitória, Fluminense, só jogos assim, nenhum de alguma equipe que não brigue por nada. O Arouca deu um baita exemplo, fez um jogo contra o Fluminense de nota 8 para 10, e lá (no time carioca) ele foi criado, tem carinho pelo clube, mas defende o Santos. O Atlético-PR tem que brigar, assim como o Vitória fez", ressaltou Claudinei, em entrevista coletiva no CT Rei Pelé.
Leia mais:
Nordeste terá recorde de clubes no Brasileirão
Botafogo chega mais perto do título, e Corinthians da Libertadores
Londrina EC muda comissão técnica e contrata head comercial
Delegação do Botafogo chega ao Rio, e multidão lota praia para comemorar
Em seguida, o comandante reconheceu que a ''mala branca'' não é uma novidade para ele no futebol, enfatizando que o errado é aceitar ajuda financeira de um outro clube com o objetivo de manipular o resultado de uma partida.
"Eu, da minha parte, não preciso de incentivo extra, não tem necessidade, já tive em elencos que recebemos para ganhar o jogo. Corremos do mesmo jeito, ganhamos um (dinheiro) a mais. O problema é ganhar para não se esforçar. Se alguém está pensando em fazer, não tem necessidade. Contra o Fluminense (no último domingo) não teve nada, mas isso não passa por diretoria, só por jogadores. Não sei se vai ocorrer. O Náutico (já rebaixado) está desmotivado, pode ser que deem um incentivo. O Náutico precisa disso? Não, mas é algo que ocorre", completou, reconhecendo que ele próprio já recebeu ''mala branca" nos seus tempos de jogador profissional.