Cesare Prandelli vem exibindo competência como técnico da Itália. Depois de assumir o papel de renovar o time nacional após uma envelhecida geração dar vexame na Copa do Mundo de 2010, da qual foi eliminada já na primeira fase, o treinador conseguiu levar o país à decisão da Eurocopa de 2012 e à semifinal da Copa das Confederações de 2013. Nestas duas ocasiões, a seleção italiana acabou caindo diante da Espanha, mas na última delas os atuais campeões do mundo só bateram os italianos na disputa por pênaltis, após 0 a 0 no tempo normal e na prorrogação. Isso depois de amargar um humilhante 4 a 0 na final da Euro no ano anterior.
Desta forma, a Itália voltou a se credenciar como uma das favoritas ao título da Copa de 2014, no Brasil, e Prandelli ressaltou que seu time é capaz de jogar de igual para igual contra qualquer adversário, inclusive a Espanha, é claro.
"Nós jogamos tantas vezes com a Espanha nos últimos anos: na Copa das Confederações, na final da Euro de 2012, no primeiro jogo daquela mesma Euro, um amistoso em Bari (em agosto de 2011).... E cada partida correu de uma maneira diferente em relação à outra. Mas a semifinal da Copa das Confederações foi a que nos fez entender que os espanhóis não são imbatíveis e têm seus pontos fracos", ressaltou Prandelli, em entrevista ao site oficial da Fifa, publicada nesta quarta-feira.
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O comandante destacou que naquela semifinal da Copa das Confederações, realizada sob o calor de Fortaleza, a Itália conseguiu "explorar bem as fraquezas" dos espanhóis, embora depois tenha sucumbido nos pênaltis. Prandelli, porém, enfatizou que a Espanha tem um time de "time de grande tradição, carisma e técnica" e é naturalmente "uma das principais candidatas ao título".
Nesta entrevista ao site da Fifa, o treinador também foi instado a falar sobre alguns destaques da atual seleção italiana. E, ao descrever um deles, disse que Mario Balotelli "tem o potencial para ser um grande campeão, mas para isso deve achar uma seriedade e um equilíbrio para poder demonstrar todo esse potencial".
Prandelli admitiu que deslizes cometidos dentro e fora de campo acabaram impedindo uma melhor continuidade do atacante nos gramados. "Ao longo dos últimos meses e anos, ele perdeu muita energia em coisas pequenas, e os grandes campeões não fazem isso: eles têm, sim, um só objetivo principal, que é o de vencer", avisou.