As câmeras estão instaladas nos 20 estádios do Campeonato Inglês, e a tecnologia para detectar gols está pronta para ser utilizada em uma liga nacional pela primeira vez no futebol, mas a polêmica ainda não está encerrada, ainda mais que os árbitros só poderão testar o sistema alguns dias antes do início da temporada inglesa, na próxima semana.
Nesta quinta-feira, na apresentação do sistema tecnológico Hawk-Eye no Emirates Stadium, o técnico do Arsenal, Arsène Wenger, revelou certa preocupação. "Honestamente, é um pouco mais sofisticado e complicado do que se imaginava", comentou. "Não é tão fácil como parece."
Parado na linha do gol, Wenger questionou o árbitro Anthony Taylor sobre o uso preciso do Hawk-Eye para decidir lances polêmicos. "O futebol é muito rápido, e a bola pode entrar e sair e algo pode acontecer no momento entre a entrada da bola e a chegada do sinal. O que decide o árbitro?", questionou.
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Taylor tentou tranquilizar o treinador francês. "Teremos um treinamento na segunda-feira, quando vamos passar todo o dia com todos os árbitros e assistentes avaliando o sistema para lidar com anomalias como essa", respondeu.
Wenger, que se diz favorável ao uso da tecnologia há anos, retrucou com uma situação mais específica. "A bola entra, sai e alguém comete uma falta, e o cara volta a chutá-la", disse. "O árbitro decide nessa fração de segundo marcar a falta para a defesa, e de repente aparece que é um gol, e já decidiu que é uma falta para o defensor".
O árbitro, então, admitiu que ainda não há uma resposta para todas as situações. "Ainda que exista provavelmente uma pequena quantidade de incidentes como esse, é importante estar preparado para essas situações, e é para isso que vamos fazer essa reunião na segunda-feira", disse Taylor.
A Fifa usará o sistema GoalControl-4D, similar ao Hawk-Eye, que utiliza câmeras, na Copa do Mundo de 2014, no Brasil.