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Tristeza

Alexandre Zraik
18 out 2001 às 17:27

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Por uma dessas coincidências, nossa equipe de esportes da rádio Transamérica ficou for a do ar nos útlimos dois dias para troca de equipamentos. Fomos poupados de levar ao ar a notícia da morte de uma extraordinária colega. O rádio e a cobertura esportiva nunca mais serão os mesmos.
Sônia transformou o mundo com sua audácia. Hoje chega a ser natural quando jovens meninas revelam intenção de trabalhar na cobertura de um time de futebol. Parece normal, por causa dela. Porque um dia Sônia Nassar quebrou todos os preconceitos, rompeu barreiras e fez história. Não foi uma, foi única. E não foi apenas a primeira, foi fera.
A última edição do jornal da Associação dos Cronistas trouxe reportagem sobre a nova geração de repórteres-mulheres na imprensa esportiva. Doces seguidoras do talento e da raça da Soninha, provas vivas e vibrantes do sucesso da empreitada que ela encarou há décadas. Foram mais de trinta anos. De trabalho e amizades. E quantas ela construiu, que capacidade.
Hoje à tarde a programação da Transamérica volta ao normal, mas só a programação. Nada está normal no mundo esportivo paranaense sem a Sônia. Perdeu-se uma grande profissional que, por seus próprios meios, tornou-se referência no segmento e certamente permanecerá viva entre nós. Será natural. Quando surgir uma jornalista de talento acima da média no esporte, o melhor elogio que ela poderá receber será a comparação com a lenda. Quando alguém disser: "parece a Sônia", essa profissional poderá ter absoluta segurança de estar no caminho certo. Até.
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