A WTorre, construtora responsável pela reforma do estádio do Palmeiras, divulgou uma nota oficial na tarde desta quarta para negar que esteja em conflito com a diretoria do clube por causa da divisão de cadeiras. O texto reafirma que toda a renda dos jogos de futebol ficará com o Verdão.
No contrato firmado entre as partes em 2008, não está especificado o número de assentos que cada um poderá explorar. Segundo a Folha de S. Paulo, o Verdão considera que deve ter 35 mil dos 45 mil lugares previstos, enquanto a construtora diz que o número destinado a ela deve ser maior do que 10 mil cadeiras (este estipulado no projeto inicial, sem valor de contrato).
"Não há choque algum entre o Clube e a WTorre, porque não existe nenhuma dúvida quanto à quantidade de assentos disponibilizados para a torcida do Palmeiras. Em primeiro lugar porque 100% da renda de bilheteria dos jogos do Clube pertencem ao Clube. [..] Os cerca de 45 mil assentos da nova arena do Palmeiras estarão integralmente à disposição da torcida do Palmeiras", diz o comunicado da empresa.
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Na sequência, o comunicado diz que a WTorre poderá coordenar a captação de receitas em eventos fora do futebol (naming rights, cadeiras e camarotes), com participação gradativa do Palmeiras: 5% dos primeiros cinco anos, 10% até completar dez anos e assim por diante até chegar a 30% nos cinco anos finais do contrato, válido por 30 temporadas.
"Exceto a renda da bilheteria dos jogos de futebol, que permanece integralmente com o Clube, o modelo da nova arena prevê diferentes modalidades de novas fontes de receitas, como naming rights e patrocínios, uma operação profissionalizada do estacionamento, a realização de eventos e o aluguel de camarotes e cadeiras, entre outras. Não há no contrato nenhuma restrição à exploração das diferentes atividades que gerem receitas, mesmo porque o Palmeiras participa de todas as receitas advindas das novas atividades 'extra futebol', o que beneficia diretamente o Clube".
Veja a nota na íntegra:
Não há "choque" algum entre o Clube e a WTorre, porque não existe nenhuma dúvida quanto à quantidade de assentos disponibilizados para a torcida do Palmeiras. Em primeiro lugar porque 100% da renda de bilheteria dos jogos do Clube pertencem ao Clube. E também porque, por entender que a torcida do Palmeiras é o principal e mais importante público da arena, a WTorre, desde 2011, vem investindo em uma série de iniciativas de interação com os torcedores, e um website com câmera ao vivo das obras. Por isso, não faz sentido algum imaginar que a arena irá restringir o acesso da torcida do Palmeiras a quaisquer de suas instalações, sejam cadeiras, camarotes, jogos ou eventos. Os cerca de 45 mil assentos da nova arena do Palmeiras estarão integralmente à disposição da torcida do Palmeiras.
O contrato firmado entre WTorre e a Sociedade Esportiva Palmeiras estabelece um novo modelo de negócios em relação à operação dos antigos estádios do país, que é o que permite a viabilidade econômica do projeto. Exceto a renda da bilheteria dos jogos de futebol, que permanece integralmente com o Clube, o modelo da nova arena prevê diferentes modalidades de novas fontes de receitas, como naming rights e patrocínios, uma operação profissionalizada do estacionamento, a realização de eventos e o aluguel de camarotes e cadeiras, entre outras. Não há no contrato nenhuma restrição à exploração das diferentes atividades que gerem receitas, mesmo porque o Palmeiras participa de todas as receitas advindas das novas atividades "extra futebol", o que beneficia diretamente o Clube.
Não há, nem nunca existiu, qualquer restrição da operação da arena em relação às atividades do clube como, por exemplo, o programa de sócio torcedor. As equipes da WTorre e do Clube vem discutindo diferentes formas de usar a arena como mais um fator de atração para o programa. O Programa Avanti, inclusive, possui um estande de vendas e atendimento instalado de comum acordo entre clube e empresa, dentro da área de superfície da arena.
Há um equívoco na reportagem quando se vincula o número de associados ao programa de sócio torcedor e a capacidade do estádio. Vários programas bem-sucedidos de sócio torcedor no Brasil e no mundo como, por exemplo, os programas de sócio torcedor do Santos F.C. e do Sport Club Internacional, de Porto Alegre, possuem um número de associados muito superior à capacidade dos respectivos estádios.
O acordo entre Palmeiras e WTorre foi formalizado em 2008, E foi amplamente discutido internamente pela S.E.P., tendo sido aprovado em todas as instâncias do Clube. Orçada em mais de R$ 500 milhões, as obras de reforma do estádio e a construção de mais de 20 mil m² em novas instalações para o Clube Social estão sendo integralmente custeadas pela WTorre. A partir da inauguração, em 2014, o Palmeiras será o único clube brasileiro a ter um estádio nos padrões da FIFA com capacidade superior a 40 mil lugares, com zero de dívida, mantendo 100% da receita de bilheteria de seus jogos e recebendo participação crescente das receitas "não futebol" geradas pela arena, ao longo do período de 30 anos. Após esse período o clube receberá o estádio em perfeitas condições, reintegrando-o a seu patrimônio.