A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou no final da noite de domingo (2) a súmula da partida entre Londrina e Brasil de Pelotas, sábado (1º) no estádio do Café, que terminou com empate de 2 a 2 e confusão generalizada no gramado. O resultado tirou o Londrina da final da Série D do Campeonato Brasileiro.
Na súmula, o árbitro goiano Eduardo Tomaz de Aquino Valadão relata grande parte da confusão. O documento pode gerar punições pesadas para os dois clubes e seus integrantes.
De acordo com Valadão, o primeiro tumulto foi registrado no intervalo da partida. Atletas das duas equipes se estranharam na entrada dos vestiários, mas a confusão foi controlada pela arbitragem e por policiais militares.
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Por conta do clima tenso, o árbitro pediu ao tenente Jacchell, responsável pelo policiamento, que reforçasse o efetivo de 73 policiais no campo.
Aos 12 minutos do segundo tempo, o camisa 10 do Brasil Márcio Hahn estava sendo atendido na lateral do gramado quando um rádio foi jogado da arquibancada. O objeto não atingiu ninguém, mas o torcedor foi identificado e boletim de ocorrência registrado, o que pode livrar o Londrina de eventual punição neste caso.
Sete minutos depois, o atacante Madson, do Londrina, foi expulso de campo por chutar a perna de um jogador do Brasil que estava caído no gramado após a saída de bola.
A grande confusão da partida começa aos 26 minutos. O técnico do Brasil, Rogério Zimemrmann foi expulso de campo "por reclamar de maneira acintosa e persistentemente após sofrer o gol de empate, abrindo os dois braços para cima e para baixo, dando socos no ar e dizendo: 'vocês são um piada, estão de sacanagem com a gente, arbitragem é um circo'".
Zimmermann retardou o início da partida e, segundo o árbitro, provocou a torcida e o banco de reservas do Londrina mostrando o placar do jogo com os dedos. O assistente técnico Aléssio e o preparador físico João Carlos, do Londrina, também foram excluídos da partida por reclamar da arbitragem.
"Imediatamente após reiniciar a partida e durante nova paralisação, aos 28 minutos de jogo, em virtude de uma falta a favor do Londrina próximo à área adversária, visualizamos uma confusão na entrada dos vestiários localizados atrás da meta defendida pelo goleiro da equipe do Brasil. A partir deste momento, deu-se início a um confronto generalizado entre atletas (jogador e suplentes) e comissões técnicas de ambas as equipes, não sendo possível precisar quem o desencadeou", relata o árbitro na súmula.
O goleiro Eduardo Martini, ainda segundo Valadão escreveu no documento, foi expulso de campo por dar um soco no rosto de Chimbinha, membro oficial da equipe do Londrina que estava fora do campo de jogo. "Logo após ser socado, Chimbinha caiu no chão e foi atingido por um chute no rosto por um atleta substituto do Brasil, o qual não foi identificado por usar colete e estar no meio do confronto".
O lateral do Londrina Allan Vieira também foi expulso por dar um soco nas costas de um reserva do Brasil e dizer ao árbitro: "pode me expulsar seu fraco, tá olhando o que?". O técnico Claudio Tencati foi excluído da partida por invadir o campo de jogo e reclamar da arbitragem, assim como o fisioterapeuta Marcelo Rockenbach. Do lado do Brasil, o assistente técnico do Brasil, Alex Lessa, o preparador físico, João Beschorner, e o massagista César Teixeira foram expulsos por ofender e ameaçar os adversários.
O jogo ficou paralisado por 22 minutos, sendo retomado apenas após garantia policial. A súmula da partida foi publicada no site da CBF, e pode ser conferida aqui.