Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
De tudo um pouco

Mesclando cultura e educação, Fazendinha da ExpoLondrina atrai milhares de visitantes

Bruno Souza - Especial para o Portal Bonde
07 abr 2025 às 20:18

Compartilhar notícia

Bruno Souza
siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

A Via Rural Smart Farm - popularmente conhecida como Fazendinha - atrai diversos visitantes diariamente aos cerca de 11 mil metros quadrados de área dentro da ExpoLondrina. Com uma programação variada dividida em 22 stands, o local recebeu na 28ª Edição, em 2024, 200 mil pessoas. Para este ano, a expectativa, segundo a SRP (Sociedade Rural do Paraná), é que esse número seja superado.

 

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade

E não faltam opções para os que desejam fazer um passeio em família regado a cultura, educação e curiosidades sobre a região norte do estado. 

Leia mais:

Imagem de destaque
palco Sunset

Grupo Menos é Mais encerra a ExpoLondrina 2025 com pagode animado

Imagem de destaque
Simulação

Corpo de Bombeiros faz demonstração de busca e resgate com cães na ExpoLondrina

Imagem de destaque
Grandes eventos

Rede hoteleira de Londrina está com 100% dos leitos ocupados

Imagem de destaque
Resistente à seca

ExpoLondrina 2025: soja geneticamente editada pode entrar no mercado em breve


Café Qualidade

Publicidade


Já na entrada do percurso, é possível ter um panorama do império do café que os municípios do Paraná construíram ao longo do tempo. O stand Café Qualidade relembra os tempos áureos da produção cafeeira na região de Londrina com filas de pés de café - permitindo a imersão do visitante nas lavouras - e informações sobre a qualidade do grão, que é referência nacional.

 

Publicidade

Denilson Fantin, técnico do Programa Café do IDR (Instituto de Desenvolvimento Rural) e responsável pelo Centro de Pesquisa em Qualidade do órgão, lembra que 2025 marca os 50 anos do maior evento climático que marcou o setor, a geada negra. Além de tecnologia para lidar com o clima, o IDR, nas últimas décadas, criou ferramentas para atenuar outras “pragas”. O órgão desenvolveu e registrou 13 variedades resistentes às principais pragas e doenças do parque cafeeiro do Brasil. O cruzamento genético dos grãos, que mescla ciência e tecnologia, já tem 9 variantes disponíveis no mercado.

 

Publicidade

“A ferrugem alaranjada do cafeeiro é a pior doença. Dizemos que é uma geada por ano, se não controlarmos a ferrugem. Nós temos 4 variedades com resistência total. Elas são imunes à ferrugem. Esse cruzamento criou uma planta com grande rusticidade e resistência”, explica Fantin.

 

Publicidade

O cruzamento genético, feito por melhoristas do IDR, é um trabalho científico que pode demorar décadas até entrar em circulação.

 

Publicidade

“Para se lançar uma variedade, são no mínimo 25 anos de estudos. Desde o primeiro cruzamento no pólen até o avanço das gerações. [...] Temos duas variedades com resistência a Nematóides [praga que corrói o café], são as únicas no Brasil. Elas são plantadas em Minas Gerais e pagam royalties ao governo do estado”, garante.


O Paraná, que em seu ápice teve 1,68 milhão de hectares de plantações de café, hoje anota somente 25 mil hectares. Cerca de 90% da colheita ainda é feita manualmente.

Publicidade


Lucas Giroto - Estagiário


Rota da seda


A rota da seda, dividida em dois stands, também é popular entre os visitantes. Os técnicos da empresa Bratac Seda dividem-se para explicar todo o processo aos curiosos, desde a eclosão dos ovos do bicho-da-seda até a fase adulta do inseto, quando produzem os casulos da seda.

 

Além de produzir um dos tecidos mais nobres do mundo, o bicho-da-seda também vem sendo testado em outros produtos, como whey protein - ainda não comercializado - e crisálida, uma crocante ração animal e petisco feito do corpo do inseto. As pessoas que passarem pelo local podem provar a isca.

 

Os stands do bicho-da-seda não param de receber pessoas o dia inteiro. De acordo com o supervisor técnico da empresa Maicon de Souza, os visitantes ficam encantados com o processo até a comercialização do fio. Não é para menos. Segundo ele, o estado é referência no produto, consumido majoritariamente no exterior.

 

“Mais de 90% [da produção] é feita para exportação. É pouco o que fica aqui no país. Então, sempre trabalhamos prezando pela qualidade do casulo. O fio de seda brasileiro produzido na Bratac é o melhor do mundo. Atendemos principalmente o mercado europeu e asiático”, salienta Souza. O stand Sericicultura funciona das 9h da manhã até as 18h.

 

Lucas Giroto - Estagiário

Abelhas e outros insetos


A Smart Farm também foca em stands com abordagens na preservação de insetos e animais na flora e fauna da região de Londrina. A Apicultura teve espaço de destaque, com exposição de variadas espécies de abelhas e a sua importância para o ecossistema. Cléber de Oliveira, engenheiro agrônomo na empresa Stander Bee Consultoria, destaca que a extinção das abelhas deve ser levada a sério pela sociedade.

 

“O principal causador da extinção das abelhas são os defensivos agrícolas. Na cidade, temos a questão do fumacê. O nosso trabalho aqui na exposição é justamente trazer a variedade das espécies para o pessoal ver, para tentar mudar essa ideia de que abelha mata e tentar mudar a conscientização sobre os defensivos.”

 

Além de ser necessária para manter o status quo da natureza, as abelhas também trazem lucro a quem as cultiva.

 

“O principal subproduto da abelha, o mel é o mais comercializado. Mas também há a comercialização das colônias de abelhas sem ferrão, a própria polinização, porque há produtores que as compram para fazer esse serviço”, explica.

 

De acordo com o engenheiro, as colheitas de mel são sazonais e ocorrem duas vezes por ano, em abril e outubro. Uma colônia produz de 18 a 30 kgs de mel por ano.

 

A UEL (Universidade Estadual de Londrina) também esteve presente com um stand com foco na proteção de insetos. O projeto Guardião das Abelhas, do CCB (Centro de Ciências Biológicas), por exemplo, faz um trabalho de explicar nas escolas municipais a importância das abelhas, usando a alimentação como base. No espaço, os alunos podem elucidar curiosidades sobre borboletas, besouros e até bicho-pau.


Bruno Souza
Lucas Giroto - Estagiário

Quem foi gostou do que viu


A Fazendinha oferece uma gama de informações úteis para todos, mas principalmente para quem está vendo temas relacionados em sala de aula. Patrícia Aparecida, 45 anos, é coordenadora do Ensino Fundamental 1 do Colégio Santa Marta de Ibiporã (Região Metropolitana de Londrina). Ela garante que todo o conhecimento adquirido na Fazendinha poderá ser usado também em sala de aula. Somente nesta segunda-feira (7), 138 alunos passaram pela Fazendinha com o apoio de 23 professores da instituição.

 

“É um momento único, né? Muitas crianças nunca tiveram contato com isso e nunca tiveram a oportunidade de vir. É um momento maravilhoso para eles terem contato com o meio ambiente, com os animais e com os profissionais que estão ali também, apresentando para eles. Então, para a gente, está sendo um momento muito diferente”, expõe.

 

Segundo a SRP, neste ano 21 mil alunos de diversas escolas da região passarão pela área até o fim da feira. Além das crianças e adolescentes, outras 10 mil pessoas cadastradas em outras entidades também marcarão presença na Fazendinha até dia 13 de abril.

 

As 22 opções de conteúdo também encantaram o público da terceira idade. Neuza de Abreu, aposentada de 66 anos, ficou maravilhada com toda a estrutura. Sem visitar a feira há alguns anos, ela foi convencida pelas irmãs a fazer o “tour” pela Smart Farm e garante que não se arrependeu.

 

“É muito lindo. É muito bacana! Há muita informação e coisas diferentes, sabe? Adoro ver. Fomos atrás de tudo, dos animais, ovelhas, boi. Faz tempo que não venho, mas este ano as minhas irmãs quiseram vir e a gente se empolgou. Amo artesanato, amo ver plantas diferentes. Tudo chama a atenção. Tá tudo muito bonito e bem arrumado”, comemorou a aposentada.


Lucas Giroto - Estagiário

Leia também:

Imagem
Novo Aquário atraiu 8 mil pessoas no domingo durante a ExpoLondrina
O novo aquário do Parque de Exposição Ney Braga, inaugurado nesta 63ª edição da ExpoLondrina, tem causado uma grande movimentação e interesse do público que o visita. A atração, localizada ao lado do Museu da Sociedade Rural do Paraná...
Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo

Portais

Anuncie

Outras empresas