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O bom de peito

13 dez 2017 às 14:02

Novidades sempre eram bem vindas, mas sem abrir mão do tradicional.
Fim de ano significava grandes festas, muita gente reunida, muita fartura, sorrisos e lágrimas com comida abundante.
Sempre alguém aparecia com uma nova receita, um novo ingrediente, um tempero diferente.
Sem deixar transparecer, as cozinheiras de "mão cheia" caprichavam pra valer, mas aguardavam aquele elogio...
Em tempos de vacas gordas ou magras, entre o antropológico peru, pernil, salpicão e a leitoa pururuca, sempre aparecia o frango. Frito ou empanado, assado ou supreme, cordon bleu ou fricassé, a ave era posta à mesa para a satisfação de muitos.
Meu pai sempre foi o novidadeiro mór.
Apreciador da boa mesa não cozinhava, mas abastecia com generosidade. Graças às suas incursões a grandes mercados, mercearias e fiambrerias aqui mesmo em suas constantes idas a São Paulo, nossa despensa sempre contou com produtos inusitados.
Natal de 82, os preparativos fervilhavam.
Seu Sylvio surgiu com dois frangos enormes, mais de 3 kg cada, peitos imensos e coxas pequenas.
Resultado de intensa pesquisa e desenvolvimento, a genética que veio da escócia foi aprimorada no Brasil, e assim a partir deste Natal o Brasil passaria a ter um novo símbolo das mesas natalinas. Começou como chester e em seguida apareceram fiesta, supremo e muitos outros nomes para o super frango.
"É muito grande, tem que marinar de véspera".
Então: vinho, louro, cravo, canela, pimenta, sal, ervas, alho, limão com muita massagem e durma sossegado na vinha d’alhos.
Ainda bem que eram dois, pois na ceia a disputa foi intensa pelas douradas e suculentas fatias e pedaços.
E veio aquele elogio: "O melhor da noite", o bom de peito.

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