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Feijão gordo

Sustento

Chef Taico
13 abr 2018 às 09:45
- Fábio Teódulo/Divulgação
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O cafezal subia e descia pelas colinas até se perder no horizonte...
Nas baixadas, organizadas, casinhas de peroba se equilibravam sobre pequenos pilares de tijolos. Enfileiradas eram muitas, avizinhadas com a
tulha, o terreirão, a Igrejinha entre outras construções que compunham a paisagem das "Fazendas de café".
Planta perene e sazonal, a lavoura de café tinha os seus tratos culturais durante todo o ano, isto movimentava meeiros, porcenteiros, assalariados e diaristas entre as enormes ruas que dividiam longas fileiras de árvores cafeeiras.
Nestas ruas, os colonos plantavam o milho, o arroz e o feijão que na terra forte e regada por constantes chuvas, produziam em quantidade.
Estes cereais eram colhidos, secos, debulhados e abanados, tudo pelas mãos fortes e grossas da labuta infinita do campo.
Guardados em sacos brancos estocavam o armazém o que trazia paz e tranqüilidade em tempos de pouca ambição.
Quando o galo cantava o fogo já estava aceso, a lenha nova estralava e fumegava por toda a cozinha. Os pedaços de barriga já fritos saiam da lata de banha e iam pra panela que aquecida recebia alho, cebola, sal e pimenta. Depois de tudo muito bem refogado vinha o feijão demolhado e
água fervente. Feijão novo, logo se apresentava macio com caldo cremoso na cor e na consistência. Algumas folhas de couve rasgadas junto a
colheradas de farinha de mandioca finalizavam a "bóia".
Lá pelas dez da manhã, depois de muito serviço a fome apertava bastante.
Sentados à sombra, ladeados por árvores de café e plantas de feijão fazia-se a refeição; Na pequena caçarola o "Feijão gordo" fazia salivar.
Colheradas que sustentavam os braços fortes que carpiam, semeavam, roçavam e colhiam o sustento do país.

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