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A escala de influência da liderança

Wellington Moreira
01 dez 2015 às 09:35
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Liderança é a arte de influenciar as pessoas e o ambiente no qual você atua. Esta talvez seja a frase que melhor defina tal competência, pois deixa claro que a liderança tem a ver com a ascendência sobre si mesmo e aqueles que estão ao redor, bem como o esforço para transformar o lugar onde você opera.

A questão é que, ao observarmos o trabalho dos líderes que fazem parte da nossa rede de relacionamentos, logo percebemos que muitos deles ignoram a existência de uma escala de influência. Buscam a adesão das pessoas utilizando meios que as desmotivam em vez de inspirá-las. Resultado: missão não cumprida ou insatisfação generalizada; às vezes, as duas coisas juntas.

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Muitos líderes só têm ascendência sobre outros indivíduos porque a posição formal que ocupam lhes dá o direito de fazer as coisas acontecerem, se preciso for, na marra. A sua força, portanto, vem do cargo e não deles mesmos. Incluem-se aí os famosos e execrados chefes que habitam inúmeras organizações.

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Outros líderes, apesar de terem o poder formal em suas mãos, preferem influenciar pessoas com base em sua competência técnica. Todos o escutam porque ele é visto como "o cara", aquele que resolve os problemas que aparecem.

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Temos também aquele grupo de líderes com uma capacidade ainda maior de fazer acontecer graças à sua personalidade. O tipo de gente que tem carisma de sobra, inspira os outros à ação ou simplesmente é talentoso para magnetizar quem o escuta falar. Fatores que parecem ser superficiais, mas fazem uma grande diferença quando você precisa motivar pessoas a realizarem algo que elas não querem.


Por fim, temos líderes que influenciam sustentados pela integridade. Pessoas cuja autoridade moral e o bom exemplo arrasta as pessoas na mesma direção com pouquíssimo esforço despendido. Gente do porte de Mahatma Gandhi e da senhorinha da sua vizinhança que une um montão de pessoas para aquele trabalho social aos domingos de madrugada. Ou do pai que é respeitado pelo filho por causa da forma irrepreensível com que o educa no dia a dia​.

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​Pessoas que lideram informalmente, sem cargo​ ​algum na estrutura da empresa, influenciam porque têm competência técnica, uma​ ​personalidade cativante ou então autoridade moral. E é claro, às vezes, são​ ​ouvidos com mais interesse e atenção do que o próprio líder formal, que costuma​ ​recorrer aos incentivos e punições sempre que precisa impor suas vontades.


O mesmo ocorre quando você é escutado por seus pares ou superiores na empresa, clientes e demais pessoas que não têm obrigação alguma de dar bola para aquilo que diz. Eles certamente o veem como alguém capaz de resolver os problemas, não querem decepcioná-lo porque o apreciam ou julgam que sua forma de agir merece crédito.

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Também não podemos esquecer o fato de que até duas décadas atrás as pessoas eram muito sensíveis a líderes que simplesmente tivessem o poder formal (o chefe mandou, então tem de fazer) ou a competência técnica (ele sempre sabe as respostas, vamos fazer logo o que está pedindo) e não questionavam as ordens que vinham de cima.


A nova geração percebe o mundo de uma forma muito diferente. Grandes feitos só se tornam possíveis quando eles gostam de estar ao seu lado ou o veem como o tipo de profissional que também querem ser no futuro.

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Esse assunto, inclusive, ajuda a entender o estado em que se encontra a política nacional. Alguns dos nossos governantes e representantes só estão preocupados em obter poder, são incompetentes, desonestos e mesmo assim os reelegemos. Pior: quando necessário, renunciam para não serem cassados, deixam a poeira baixar e algum tempo depois retornam ao Congresso com a cara lavada, como se nada tivesse acontecido.


Se nas empresas a influência baseada na posição perde prestígio com modelos de gestão cada vez mais flexíveis e achatados, na política brasileira a escala de influência ainda é regida por ela. Ainda bem que as pessoas à frente da Operação Lava-Jato nos trazem um fio de esperança de que as coisas estão mudando.

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