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Líderes que jogam na posição errada

Wellington Moreira
13 jan 2015 às 00:12
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Infelizmente muitos líderes gastam uma energia considerável no desempenho de papéis que não competem à posição que ocupam e cabem aos seus subordinados. Isso acontece por uma série de fatores, como por exemplo não saber delegar, não conseguir abrir mão das funções que exerciam no cargo anterior e até mesmo o fato de cultivar "tarefas de estimação" em sua rotina (aquele tipo de trabalho que não dá resultado algum, mas o gestor adora fazer).

Contudo, nem sempre o problema está nos líderes. Várias empresas não se preocupam em descrever com clareza as principais atribuições dos cargos de gestão que fazem parte da sua estrutura, ignorando o fato de que as pessoas se dedicam a coisas que não deveriam quando seu escopo de responsabilidades é mal delimitado.

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E também não adianta se apegar apenas ao título da posição para descobrir o que a pessoa faz (ou deveria fazer), pois as empresas nem sempre utilizam a nomenclatura correta para os seus cargos ou ela apenas serve para conceder prestígio e status ao seu ocupante. Nada mais. É por isto que às vezes você descobre que o supervisor de uma empresa faz o mesmo trabalho que o gerente de outra, que faz o mesmo que o coordenador de uma terceira e por aí vai.

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Eu mesmo já perdi a conta de quantas vezes conversei com alguém que apresentava como credencial o fato de ter sido gerente em seu último emprego, só que até mesmo para demitir o estagiário que dormia durante o expediente precisava do aval de alguém de cima. Tinha a posição, mas não gerenciava.

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Mais importante do que o título do su cargo é identificar o papel de gestão que você realmente ocupa em sua empresa – estratégico, tático ou operacional –, pois é ele que dá a noção exata do tipo de trabalho que você precisa desempenhar.


Quem é responsável por liderar um grupo de pessoas que executa tarefas de curto prazo atua numa posição operacional e geralmente é chamado de líder de equipe, encarregado ou supervisor. Caso de quem orienta o trabalho de um time fabril que tem como meta produzir mil unidades diárias de determinada peça. Desde que tenha sido fiel às especificações e alcançado a produtividade esperada, o gestor está dando conta do recado e sabe que pode voltar para casa com o sentimento de dever cumprido.

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Por outro lado, se você lidera pessoas que cumprem uma missão operacional e está subordinado a alguém do alto escalão, então tem um papel tático. Provavelmente conhecido como coordenador ou gerente, goza de autonomia para escolher o modo como busca os resultados e seu desempenho é medido no médio prazo. Isto é, você já não tem que atuar como bombeiro a todo momento, pois a sua missão principal é garantir que a estratégia da empresa seja implementada pelas áreas funcionais. Portanto, fazer acontecer.


Agora se a sua rotina é repleta de tomadas de decisão que buscam perenizar a empresa ao
longo do tempo, lida com inúmeras incertezas, teme que os cenários desejados não se realizem e vive a angústia de não saber no curto prazo se as escolhas de hoje são acertadas – já que o impacto delas só aparecerá mais adiante –, então o seu papel é estratégico. Estão aí todos aqueles que atuam como gerentes gerais, superintendentes, diretores e presidentes.

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Como já deu pra perceber, para jogar na posição correta é muito importante prestar atenção naquilo que você faz em seu dia a dia e o que jamais deveria fazer. Certa vez conheci um diretor que delegava para os subordinados exatamente as tarefas que caracterizam uma posição de diretoria. Terceirizava as responsabilidades que cabiam somente a ele, ninguém mais estava capacitado para executar e ainda por cima justificava o seu ótimo salário.


Ao mesmo tempo, existe muito líder por aí que trabalha duro todos os dias, porém aplica seu tempo naquilo que não confere alavancagem alguma à sua área. Dedica-se a projetos de impacto zero e depois reclama quando é cobrado. Adora fazer certo as coisas erradas.


Uma dica: em vez de ficar brigando por um título de cargo mais pomposo, procure se envolver em trabalhos que tenham a ver com o seu ofício, sejam cada vez mais significativos, desafiadores ou que confiram a experiência que você precisa obter. No fundo, é isso o que importa.

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