Wellington Moreira

Feliz Meio Ano Novo!

28 ago 2012 às 10:14

Não deixa de ser lugar-comum ficarmos afirmando a toda hora que o tempo tem passado como um foguete por nossas vidas, mas ninguém discorda de que realmente o estilo de vida que escolhemos pode nos conservar acelerados e pouco satisfeitos com aquilo que colhemos, mesmo que façamos um montão de coisas.

As pessoas que têm o saudável hábito de definirem metas no início do ano com a intenção de realizá-las durante os meses seguintes, mas nem sempre procedem adequadamente após decidirem suas intenções também estão incluídas neste rol.


Veja o caso do Joaquim. Em janeiro ele estabeleceu uma série de metas para o ano nos quatro principais campos de sua vida: pessoal, profissional, familiar e financeiro. Inclusive, teve o cuidado de ser bastante específico sobre cada objetivo pretendido e determinou a data-limite para alcançar seus intentos, contudo pouco avançou até agora. E por quê? Ele não se preocupou em responder à pergunta que não cala: "Como farei?"


É comum as pessoas determinarem metas, mas não destrincharem as fases intermediárias ou passos que precisam ser cumpridos até o alcance de seus alvos. E a receita do fracasso neste caso é clara: invista pouco tempo na descrição do seu plano de trabalho, não avalie os possíveis gargalos e deixe de gerenciar o tempo que lhe resta.


No tocante às organizações, acontece exatamente a mesma coisa em seus projetos. É por isto que grande parte deles nunca sai do papel, ainda que as pessoas demonstrem um comprometimento inicial ímpar ao traçá-los.


Quando uma meta é definida e também são estabelecidas as etapas necessárias à sua concretização, é preciso instituir aquilo que chamamos de "pontos de verificação". Momentos nos quais você avalia o quanto avançou em direção aos seus propósitos e, principalmente, aonde se encontra. Um balanço geral.


Na prática, se você tem uma meta X na qual será necessário despender um grande esforço e muitos meses até o alcance de seu desígnio, também coloque no papel os avanços mensais necessários. O que deve ser feito agora em julho? E em agosto e setembro? O que precisa estar pronto até novembro a fim de que em 15 de dezembro, às 20h00 – por exemplo, sua data-limite – seja possível comemorar o resultado que o inspira.


É incrível como as pessoas eficazes seguem este tipo de raciocínio. Dias atrás eu tive a oportunidade de ler uma entrevista muito interessante feita com James Stewart, professor canadense que escreveu o livro de Álgebra mais adotado nas universidades de todo o mundo.


Segundo seu relato, durante longos 2.555 dias – exatos sete anos – ele trabalhou nada menos do que a média de treze horas diárias para escrever sua obra-prima sem ter a mínima ideia se as pessoas gostariam ou não do fruto final. E na sequência relatou como os pontos de verificação fizeram a diferença durante este período intenso de trabalho.


A verdade é que precisamos muito mais do que uma empolgação passageira para fazermos grandes coisas e ao criarmos algumas paradas estratégicas possibilitamos que nossos alvos adquiram a consistência necessária. Além disto, a partir daí compreendermos o que mudar ou os avanços que se fazem necessários enquanto ainda há tempo de sobra.


Avaliar periodicamente o quanto você avançou, aonde dirigir as energias e até mesmo o que deixar de lado não é coisa para se fazer só em dezembro, afinal de contas ainda há muito para realizar em 2012, mesmo que escute o contrário dia após dia. Um bom balanço pra você e feliz meio-ano-novo!


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